O delegado João Antônio Batista Ribeiro Torres, que estava afastado da Delegacia de Lucas do Rio Verde, a 330 km de Cuiabá, pelos supostos crimes de propina e assédio sexual, teve o mandado de prisão preventiva e apreensão domiciliar cumpridos nessa terça-feira (11.02).
Em nota encaminhada ao na manhã desta quarta-feira (12), a Polícia Civil informou que as medidas cautelares representadas pela Corregedoria-Geral foram acolhidas pelo Ministério Público e decretadas pelo juízo da Comarca de Lucas do Rio Verde.
“As investigações para apurar denúncias contra o delegado estão em andamento e a Corregedoria-Geral não comenta os procedimentos internos, até a conclusão dos procedimentos. A Polícia Civil reafirma o seu compromisso com a investigação, independente de quem sejam os envolvidos”, diz trecho da nota.
No final de janeiro, a Corregedoria-Geral pediu o afastamento do delegado João Antônio Batista. Ele é investigado por envolvimento em casos de recebimentos de valores e vantagens indevidas, além de assédio sexual contra uma servidora.
De acordo com a Corregedoria, João Antônio teria solicitado R$ 30 mil ao proprietário de um veículo para não instaurar inquérito policial em razão de um acidente de trânsito. Além disso, ele teria recebido R$ 40 mil de um advogado para arquivar um inquérito relacionado à falsidade ideológica em documentos de propriedade rural.
Em outra acusação, o delegado teria utilizado uma empresa de grãos, da qual seria sócio, para movimentar recursos de origem ilícita.
O documento também indica que o delegado teria assumido a condução de um inquérito originalmente atribuído a outra delegada, com o intuito de atender a interesses de terceiros.
O pedido de remoção também alega que João Antônio teria assediado sexualmente uma servidora, que acabou exonerada após o caso não ter tido prosseguimento, supostamente em razão da amizade entre o delegado acusado e a delegada titular.
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