O delegado Itagiba Vieira Franco, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), disse ontem (16.10) que o caso envolvendo a chacina da família Pesseghini, ocorrida no começo de agosto na Vila Brasilândia, em São Paulo, está perto de um desfecho. Os dados referentes aos sigilos telefônicos dos celulares encontrados na casa já estão em posse da polícia, que deve concluir o inquérito ainda este mês.
Em entrevista ao R7, Franco explicou que já era esperada a demora no envio dos dados por parte das operadoras de telefonia. A polícia agora vai poder saber com quem falou o adolescente Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, de 13 anos, acusado de matar os pais — a cabo da Polícia Militar Andréia Bovo Pesseghini e o sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Luiz Marcelo Pesseghini —, a avó, Benedita Oliveira Bovo, e a tia-avó Bernardete Oliveira da Silva, no início de agosto.
— Estamos analisando os dados e devemos concluir o inquérito em breve. Agora falta pouco.
O delegado do caso evitou falar em uma data para conclusão das investigações e envio dos documentos para o Ministério Público. Entretanto, até o momento, a análise dos sigilos telefônicos dos celulares encontrados na casa dos Pesseghini não apontou nada que pudesse alterar a tese da polícia sobre a autoria da chacina atribuída a Marcelo, filho do casal de PMs. Os laudos periciais e os quase 50 depoimentos levaram os investigadores a não terem dúvidas quanto ao autor dos assassinatos.
Além disso, um relatório psiquiátrico produzido pelo especialista forense Guido Palomba também apontou Marcelo Pesseghini como o autor. Segundo o documento do psiquiatra, o que fez o menino de 13 anos matar a família toda e se suicidar é conhecido na medicina psiquiátrica como encefalopatia encapsulada ou sistematizada, doença causada por falta de oxigenação do cérebro.
Apesar do desfecho, há quem ainda duvide que o adolescente pudesse ser o autor de um crime tão cruel.
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