Os agentes penitenciários de Mato Grosso “cruzam” os braços nesta sexta-feira (26.07) por tempo indeterminado. A paralisação foi aprovada durante assembleia geral realizada na última segunda-feira (22), em Cuiabá.
Entre as reivindicações da categoria, os profissionais cobram do Governo do Estado o reajuste salarial. Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado (Sindspen-MT), o piso salarial de R$ 1.800,00 é o menor salário dos profissionais ligados à segurança pública em Mato Grosso.
O reajuste pleiteado é de 20% retroativos a 2012, 25% para este ano e 30% para 2014, totalizando 75% de aumento. Com isso, os profissionais querem um aumento de R$ 1.350,00, para que possam entrar em 2014 tendo um piso de R$ 3.150,00.
De acordo com o Sindspen, os representantes do Estado ofereceram um reajuste de 5% para 2014 e mais 5% em 2015, tendo um aumento de apenas R$ 180,00 (R$ 90,00 em 2014 e R$ 90,00 em 2015). Porém, a categoria não aceitou e decidiu paralisar as atividades até que o Governo apresente uma proposta dentro do valor que a classe exige.
Outro fator determinante para o início da greve geral, apontada pelos representantes dos agentes penitenciários, é a falta de comprometimento e descaso com a categoria por parte do Governo do Estado.
Com a paralisação, serão mantidos nas 65 unidades prisionais do Estado somente os serviços essenciais, como o atendimento de alvará de soltura da justiça, alimentação dos reeducandos e atendimento médico. No período de greve não serão recebidos “novos” presos nos presídios do Estado. Apenas 30% do efetivo devem manter os trabalhos nas unidades.
Atualmente existem aproximadamente 1.800 agentes prisionais em todo o Estado, somente a Penitenciária Central do Estado conta com 153 servidores operando para atender 1.950 reeducandos.
Essa será a segunda vez que os agentes cruzam os braços. Em abril deste ano, os profissionais paralisaram as atividades por 15 dias.
Além de reajuste salarial, os profissionais pedem aumento no efetivo de agentes, pagamento de adicional de insalubridade, melhores condições de trabalho e segurança nas unidades prisionais.
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