O governador saiu em defesa do secretário de Planejamento e Gestão do Estado de Mato Grosso (Seplag), Basílio Bezerra, ao ser questionado, durante evento em Várzea Grande, nessa terça-feira (03.06), sobre possível afastamento dele [Basílio] por conta das denúncias dos consignados. Mauro Mendes foi categórico e “elegante” que "provem o crime" antes de qualquer afastamento. “Qual crime que ele cometeu? Se alguém mostrar, no mesmo dia eu removo”, declarou, classificando as acusações como “especulação” e “achismo”.
Enquanto isso, sobre os famosos empréstimos consignados que andam sugando o salário dos servidores estaduais, a resposta foi mais genérica que bula de dipirona: "tomamos todas as disposições para proteger nossos servidores". Traduzindo do politiquês: jogaram a batata quente para o Procon investigar a "relação entre empresas e consumidores" - como se o problema fosse uma simples questão de direito do consumidor.
O governador parece ter esquecido que a gestão pública não é tribunal penal. Não precisa esperar instruções criminais para questionar competência administrativa ou afastar quem virou peso político. Mas quando a pressão aperta e os holofotes incomodam, nada como uma boa cortina de fumaça para desviar o foco do que realmente importa: a proteção efetiva dos servidores contra o vampirismo financeiro dessas empresas.
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