O Supremo Tribunal Federal (STF) negou, por oito votos a três, os embargos de José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil, contra a condenação a dez anos e dez meses de prisão por corrupção ativa e formação da quadrilha no chamado mensalão.
O petista tem dito que não acredita mais num novo julgamento pela Corte, que lhe daria a chance de diminuir sua pena.
Sem essa perspectiva, já aposta numa progressão de regime para o semiaberto, em que é obrigado a apenas dormir na cadeia, após um sexto da pena. Para adiantar em seis meses o benefício, diz estar disposto a cozinhar e lavar roupa na prisão. Com isso, passaria apenas 1 ano e 4 meses detido.
Dirceu ainda gostaria de cumprir a pena nas proximidades de sua casa em Vinhedo. Uma opção seria no Centro de Ressocialização de Limeira, a 151 km da capital paulista ou no presídio de Tremembé, a 147 km de São Paulo.
Segundo informações do Estadão, Dirceu confidenciou ainda a amigos que pretende publicar uma carta aberta ao ministro Celso de Mello, buscando rebater as acusações recebidas no julgamento.
Ao final de sua análise sobre Dirceu, o decano fez um discurso duro sobre o caso. "Eu diria que o tratamento penal dado a esse réu [Dirceu] foi benigno", afirmou. Segundo ele, "o Supremo não agiu com extremo rigor" na Ação Penal 470, apenas seguiu a jurisprudência ao condenar os réus. "Não há e nem houve nada de novo", disse.
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