O grupo ‘Amigos do Rio Cuiabá’ retirou ao longo da manhã deste sábado (24.06) cerca de 30 toneladas de lixo no entorno da Ponte Júlio Müller nos perímetros urbanos de Cuiabá e Várzea Grande. A ação reuniu 1.500 pessoas que seguiram por via terrestre e também em embarcações para coletar resíduos que serão doados a cooperativas de reciclagem.
Conforme a superintendente de Educação Ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Vânia Márcia Montalvão, a ação foi de extrema importância para sensibilização da sociedade com relação ao descarte incorreto dos resíduos. Ela espera que essa atividade mobilize as pessoas de maneira que o resultado seja visto na redução de quantidade de lixo jogado no Rio.
“A questão do lixo é responsabilidade do cidadão. É necessário entender que o resíduo é produzido por mim e não somente pelo outro, então, ele é minha responsabilidade. Não adianta achar que ao descartar o lixo indevidamente estaremos isentos das consequências, pelo ao contrário, vamos colaborar pela diminuição da quantidade e qualidade da água e isso afetará a mim e minha família”.
Essa ação reuniu Governo do Estado, Assembleia Legislativa, as prefeituras de ambos municípios e outros parceiros com o único objetivo de cuidar do rio. Para o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, este rio é a maior identidade cultural da cidade, é um dos maiores patrimônios.
Ele acredita que a mantê-lo limpo, evitando as agressões ambientais, é o mesmo que preservar a cidadania, a saúde e a qualidade de vida da população.
A ação
A concentração teve início às 07h, na Praça do Porto, em Cuiabá, depois as equipes seguiram por diversos trechos a pé e de barco, percorrendo as margens do Rio na região do Porto, Praieirinho e São Gonçalo Beira Rio, em Cuiabá, e Alameda, em Várzea Grande. Entre o lixo encontrado estavam grande quantidade de sacolas plásticas, garrafas PET, latinhas, eletrodomésticos e mobiliários estragados. Esta foi a segunda edição da atividade. A primeira ocorreu no ano passado e teve a mesma quantidade de lixo recolhido.
A professora de ciência e biologia da Escola Estadual Pascoal Moreira Cabral, Valdivânia Souza, trouxe seus alunos do ensino médio para participarem da atividade. “É interessante eles verem in loco como está a situação das águas do rio. Eles aprendem na teoria que os descartes inadequados podem levar à poluição, mas em sala de aula os alunos não têm essa visão de que a garrafa de água jogada na rua chega até aqui”.
O presidente da Federação de Pescadores de Mato Grosso e representante da Colônia de pescadores Z14, de Várzea Grande, Belmiro Alves de Miranda, também integrou as equipes de limpeza. Sua preocupação maior é que todo o lixo encontrado afeta diretamente no seu trabalho como pescador, já que muitos peixes também podem ser prejudicados com a poluição. “Alguém quer lixo na sua casa? Não. O rio também não quer e nós pescadores muito menos”.
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