Um estudo científico publicado em inglês mostra que o índice de sobrevida em crianças e adolescentes com leucemia aumentou consideravelmente nos últimos anos no Estado de Mato Grosso.
De acordo com o artigo intitulado "Análise de sobrevida de neoplasias hematológicas em crianças e adolescentes: estudo de base populacional em um estado da Amazônia Legal Brasileira", a taxa de sobrevida foi de 77,3% para leucemias e 84,7% para linfomas em Mato Grosso, entre 2001 e 2017.
Foram analisados 510 casos de leucemia, com predomínio do sexo masculino (56,1%) e faixa etária de 0 a 4 anos (34,9%). A taxa de sobrevida relativa em 5 anos foi de 77,3%. Quanto aos linfomas, ocorreram 261 casos, predominantemente no sexo masculino e na faixa etária de 5 a 9 anos. A taxa de sobrevida relativa em 5 anos foi de 84,7%.
Instituto Nacional de Câncer estimou em 2016 uma sobrevida média de 60% para leucemias e 81% para linfomas em crianças, adolescentes e adultos jovens no Brasil.
Ainda assim, o estudo revela que a taxa de sobrevida de crianças e adolescentes diagnosticados com leucemia e linfoma em Mato Grosso é menor do que a observada em países desenvolvidos.
Os enfatizaram a importância do diagnóstico precoce e do tratamento oportuno para aumentar as chances de sobrevida dos pacientes.
Esta é a primeira pesquisa a apresentar estimativas de sobrevida para leucemia e linfoma em crianças e adolescentes com base nos dados dos Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) de Mato Grosso.
Apesar das taxas ainda serem inferiores às de países desenvolvidos, o estudo aponta para um aumento nas taxas de sobrevida ao longo do período analisado (2001-2017), sugerindo avanços no tratamento da doença no Estado.
As taxas de sobrevida encontradas em Mato Grosso são comparadas com as de outros estudos realizados no Brasil, mostrando variações regionais e a necessidade de políticas públicas para garantir o acesso igualitário ao diagnóstico e tratamento.
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