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Cidades Segunda-feira, 15 de Janeiro de 2018, 10:51 - A | A

Segunda-feira, 15 de Janeiro de 2018, 10h:51 - A | A

FEMINICÍDIO

Servidor da Prefeitura de VG que matou mulher é velado na Câmara e causa indignação

Edina Araújo/VG Notícias

Reprodução

Vitorino

 

O velório do servidor da Prefeitura de Várzea Grande, Vitorino José da Cruz, vulgo “Teté”, na Câmara de Vereadores nesta segunda-feira (15.01), está causando revolta e indignação aos familiares da vítima e às mulheres do município. Leia Mais...Servidor da Prefeitura de VG mata companheira e depois se suicida

Vitorino matou sua companheira de 15 anos de convivência, Célia Cristina Ferreira, 41 anos, porque ele não aceitava o fim do relacionamento. O crime ocorreu ontem, na residência de Célia, no bairro Pirinéu, em Várzea Grande.

A justificativa para o velório na Casa de Leis é que Vitorino, que era lotado na Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Lazer do município e ocupava o cargo de coordenador técnico de Esportes, foi coordenador da campanha do vereador Pedro Paulo Tolares - popular Pedrinho (DEM).

Questionado sobre o ato, o presidente da Câmara, vereador Chico Curvo (DEM), afirmou que somente autorizou o velório na Casa de Leis, atendendo um pedido do vereador Pedrinho. Para justificar a situação, Curvo comparou a autorização do espaço público para o velório dos ex-policiais João Caveira e Edson, em 2011.

“É um erro que está sendo feito há muito tempo no Legislativo. Agora eu lembrei que aqui foi velado os saudosos policiais João Caveira e Edson, em setembro de 2011”, afirmou curvo.

Porém, o ato deixou a presidente da Associação de Mulheres de Negócios e Profissionais de Várzea Grande (BPW), Sônia Mazzetto, indignada, pois segundo ela, é um insulto às mulheres. “Estamos combatendo o feminicídio, defendendo que às mulheres tenham o direito de escolher o que é melhor para as suas vidas”.

Sonia Mazetto disse que é lamentável a atitude do presidente da Câmara de Várzea Grande, vereador Chico Curvo. Segundo ela, o parlamentar não tem visão, que ele não é presidente de homens e mulheres, ele é presidente de uma instituição que é paga com dinheiro do contribuinte.

Mazetto ainda questiona, “qual o serviço relevante que este cidadão prestou para sociedade? E complementa “agora, o vereador está prestando um desfavor a causa da mulher. Fazem discurso em favor da mulher, mas a atitude é totalmente contrária. Não é somente o presidente da Câmara, mas o vereador que pediu. Pois ele deve pensar, se é meu amigo, não importa o que ele fez. Temos que fazer um ato de desagravo contra estes vereadores. Eles são sem noção, sem consciência e não sabe a luta para acabarmos com feminicídio. O que eles fariam se fosse alguém da família deles. Eles estão exaltando uma pessoa que cometeu um crime. Se ele tivesse somente tirado a vida dele, poderia até ser complacente”, disse a presidente da BPW de Várzea Grande.

Já a presidente do Conselho Municipal da Mulher de Várzea Grande, Vanessa Navarro, também se diz indignada com o fato de velar o corpo de Vitorino na Câmara. Para Vanessa, os vereadores têm que trabalhar para combater feminicídio, e não exaltar uma pessoa que cometeu o crime.

A defensora pública Tânia Matos também diz ser contra velar o corpo do servidor na Câmara. Segundo Tânia, já que o vereador é amigo de Vitorino, ele deveria pagar uma capela ou dar algum tipo de ajuda à família do suicida, mas não usar espaço público para atender uma questão pessoal.

“Tem tantas capelas em Várzea Grande, já que ele era amigo do falecido, deveria então ajudar de outra forma. Não usar a Câmara para isso”, disse a defensora.

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