Várzea Grande se tornou terra dos “Campos e dos Sacre”, desrespeitando o princípio da impessoalidade na Administração Pública, conforme o Art. 37, §1º da Constituição Federal, que ‘veda promoção pessoal de agentes públicos em quaisquer atos, obras, serviços, publicidade de atos, programas e campanhas’.
A reportagem do oticias fez um breve levantamento das principais avenidas, ruas e obras públicas do município e constatou que a família Campos e a atual prefeita Lucimar Sacre de Campos, deixaram suas marcas de famílias e amigos registradas nas obras que lançaram.
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Várzea Grande tem escolas, ruas, avenidas, Ginásio de Esportes, Centro de Convivência de Idosos e até o nome do prédio da Prefeitura com nome da família Campos e Sacre. Neste ano, a prefeita Lucimar Campos inaugurou duas importantes obras homenageando seu pai. Avenida Zeid Sacre e Vovô Zeid Sacre, inaugurado nesta quinta-feira (31.12), “simbolicamente” porque não está totalmente pronto o Centro de Convivência de Idosos.
Lembrando que as mudanças das nomenclaturas foram aprovadas pela Câmara de Várzea Grande. Leia mais - Vereadores de VG atendem prefeita e nome da Orla da Alameda será jornalista Paulo Leite
Recentemente, a pedido de Lucimar, os vereadores deixaram de homenagear uma das fundadoras do bairro Alameda, Carminda Benedita de Oliveira – Dona Sinhá para denominar a Orla da Alameda Júlio Muller de Complexo Sociocultural Jornalista Paulo Maria Ferreira Leite – Paulo Leite. O homenageado foi assessor de Jayme Campos.
Homenageados - Cohab Nair Sacre (mãe da prefeita), no Residencial Karla Renata (neta do casal Campos), na EMEB Jaime Veríssimo de Campos Junior – Jaiminho (filho falecido), avenida Zeid Sacre (pai de Lucimar), Vila tia Lucimar, Viaduto Isabel Campos (cunhada de Lucimar – esposa de Júlio Campos), Emeb Júlio Domingos de Campos (sogro e pai de Jayme); Ginásio Poliesportivo Júlio Domingos de Campos (Fiotão) e o prédio da Prefeitura de Várzea Grande. (Júlio Domingos de Campos).
As honrarias beneficiando os familiares e amigos do casal Campos indicam a impessoalidade da gestão, a situação que contraria os princípios que norteiam a Administração Pública presente no artigo 37 da Constituição Federal de 1988.
A reportagem do oticias conversou com alguns moradores da cidade que repudiaram a atitude dos gestores de colocar a marca das famílias em bens públicos. Joelson diz que sente como se Várzea Grande fosse a extensão da fazenda da família Campos, que tem marca. Ele diz que sente como se tivesse a marca com "ferradura como se marca gado".
Já o jovem Lucas, morador do bairro Marajoara questiona. "Será que Várzea Grande não tem outras pessoas que merecem ser homenageadas?''. Olha, tem muita gente simples na cidade que tem muito mais serviços prestados , do que estes aí que são homenageados.. Estes que recebem estas homenagem, muitos já até envergonharam a cidade, outros a gente nem conhece e nem sabe o que fizeram. É muito triste", desabafou.
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