Profissionais da educação, pais e alunos foram às ruas nesse sábado (21.11), para protestar contra o fechamento da Escola Estadual Mercedes de Paula Sôda, situada no bairro Marajoara, em Várzea Grande. O Sintep/VG também esteva presente durante a manifestação.
Com cartazes em mãos, a população pede para que o Governo não feche a escola: “Negros importam”, “Escola aberta. Queremos mais educação e menos corrupção”, “Governo que fecha escola, abre cadeia. Não ao fechamento da escola”, “Mauro Mendes mente, engana e ataca à educação”, “Estudo é investimento”, entre outros dizeres.
A desativação da escola foi anunciada pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), no último dia 11 de novembro, através de um orientativo. Em nota enviada à unidade por meio da assessoria Pedagógica, foi informado que a Escola Estadual Mercedes iria funcionar só até o final do ano "em razão da reorganização da demanda do número de alunos e otimização do espaço físico".
De acordo com o diretor da escola, Melquiades Novaes dos Santos Júnior, a escola passou por reforma em 2010, e as salas são climatizadas e a parte hidráulica e elétrica está em perfeita ordem. Ainda segundo ele, no dia seguinte ao orientativo que falava sobre a desativação do prédio a escola recebeu uma visita de três pessoas da Seduc que deram uma olhada e segundo eles estava ‘tudo ok’ com o prédio.
O diretor confirmou à reportagem do oticias que a única coisa que necessita de reforma é a quadra esportiva que gestão após gestão foi solicitada uma quadra coberta, mas nunca foi atendida.
Melquiades ainda informou que na próxima quarta-feira (25.11), alguns alunos e professores irão até Assembleia Legislativa, para saber do secretário de Educação do Estado, Alan Porto os motivos reais da desativação do prédio.
Ele contou que o deputado Henrique Lopes (PT) convocou o secretário de Educação do Estado para responder sobre as desativações e caminhos da educação em Mato Grosso.
“Até o momento nós não recebemos nenhuma informação real dos motivos de fechamento e não foi por falta de tentativas. As famílias também querem saber. E conhecendo as famílias que colocam os filhos aqui, elas não irão levar seus filhos para as escolas vizinhas a não ser se forem obrigadas pelas circunstâncias”, declarou o diretor.
Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Várzea Grande (Sintep/VG), Juscelino Dias acusou o governador do Estado, Mauro Mendes (DEM) de visar lucros, mas não investir na educação, e nem respeitar os trabalhadores da classe. Segundo Juscelino, o governador teve uma atitude arbitraria. “Então estamos mais uma vez aqui nessa luta contra a atitude arbitraria do governador“.
A reportagem do oticias entrou em contato com a assessoria da Seduc, que informou em nota, que o redimensionamento e reordenamento das escolas é um procedimento realizado anualmente, e que os alunos serão remanejados para a Escola Estadual Nadir de Oliveira, que está recebendo reparos e reforma com investimento de R$ 350 mil.
Sobre o protesto, a assessoria não se manifestou.
Nota na íntegra:
A Secretaria de Educação irá remanejar os alunos para a Escola Estadual Nadir de Oliveira, que está recebendo reparos e reforma com investimento de R$ 350 mil reais e possui 10 salas ociosas no período vespertino, e para a Escola Estadual Maria Leite Marcoski, que possui duas salas ociosas no período vespertino.
O redimensionamento e reordenamento das escolas é um procedimento realizado anualmente, e é o meio mais eficiente de garantir que os alunos sejam atendidos pela melhor infraestrutura escolar.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).