O Tribunal do Júri de Tangará da Serra condenou, nesta quinta-feira (3), Vanderci Rampin, mulher do caminhoneiro Valmir Monteiro, assassinado em 2010, a 16 anos e quatro meses de prisão por participação no crime. Esse é o segundo julgamento de Vanderci por envolvimento no homicídio. O primeiro foi anulado pelo Tribunal de Justiça a pedido do Ministério Público Estadual (MPE).
Segundo o promotor de Justiça que atuou no caso, Milton Silveira, o primeiro julgamento ocorreu em 2013 e Vanderci foi condenada por homicídio qualificado, mas os jurados reconheceram uma causa de diminuição de pena, que posteriormente foi considerada “incabível” pelo TJ. “Essa diminuição da pena era contrária à prova dos autos. Então, o TJ anulou o processo e determinou a realização de um novo julgamento”, afirmou.
Vanderci já cumpria a pena do primeiro julgamento em regime semiaberto, com uso de tornozeleira eletrônica. Ela passou três anos e meio na cadeia e passou o último ano em liberdade condicional.
Agora, condenada novamente por homicídio qualificado, ela deve recorrer da sentença, pedindo a redução da pena, ainda em liberdade. Caso o recurso seja julgado improcedente pela Justiça, ela deverá voltar ao presídio, segundo informou o promotor à irmã da vítima, a dentista Cláudia Monteiro.
“O promotor nos explicou que ela segue em regime semiaberto enquanto recorre da pena. Ganhou essa 'regalia'. Mas se não conseguir, deve ir presa e passar mais uns seis anos na prisão, segundo o promotor”, disse Cláudia.
Ao G1, a dentista disse que, hoje, o sentimento da família é de alívio e de Justiça. “Não somos de acreditar na Justiça da terra, mas sim na Justiça de Deus. Mas, hoje, a sensação é alívio. Saímos da sala de audiência com a alma limpa, leve. Parece que tudo de ruim finalmente ficou preso naquela sala”, afirmou.
O caminhoneiro Valmir Monteiro foi executado com quatro tiros em 2010 e deixou duas filhas. sala de audiência com a alma limpa, leve". Ele foi morto dentro do carro dele, em uma avenida de Tangará da Serra. Antes de morrer, ele ligou para a polícia e falou o nome do assassino.
Vanderci é acusada de ser cúmplice no crime porque manteria um caso com Paulo Egídio de Barcelos, apontado pelo MPE como o mandante do homicídio. Ele continua preso. O autor do crime foi Berci Rosa dos Santos, que se encontra preso desde 2010.
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