Reprodução/Facebook
O advogado contou que teve um cliente preso injustamente baseado em reconhecimento fotográfico.
Em um protesto pacífico, o advogado Daniel Sales, aproveitou o momento da vacinação contra a Covid-19, nesse sábado (14.08), no Ginásio Poliesportivo Júlio Domingos de Campos, popular Fiotão, em Várzea Grande, para expor um cartaz informando que vacina salva vidas, e o que “mata” é a prisão baseada somente em reconhecimento fotográfico.
Em suas redes sociais, o advogado divulgou a foto recebendo a vacina com o cartaz de protesto em mãos, e disse na legenda que há algumas semanas teve um cliente preso injustamente com base apenas no reconhecimento fotográfico.
Daniel contou que questionou a autoridade judiciária civil sobre a falta de provas e elementos que incriminou seu cliente, e obteve como resposta, que “a versão da vítima foi bem convincente”.
Segundo ele, infelizmente isso não é um caso isolado e não é nenhuma surpresa para os operadores da área criminal.
“VOCÊ SABIA que 83% dos presos “INJUSTAMENTE” por reconhecimento fotográfico no Brasil, são negros? (Dados do CONGEDE, 2021). Apesar do número alarmante e preocupante de aprisionamento de inocentes, apesar de restar evidente que essa prática isolada de incriminação é ineficaz, ainda é aplicado”, diz trecho do post.
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Sales ressaltou que a advocacia criminal se dispõe diariamente para combater isso, reafirmando que aproveitou esse momento importante [vacinação contra Covid-19] para chamar atenção do tema.
“Privar a liberdade de um inocente, MATA a dignidade da pessoa humana, MATA toda uma sociedade e o estado democrático de direito. Viva o SUS, a vida e a Justiça igualitária para todos!”, finalizou Sales.
VIOLAÇÃO
O assessor jurídico do 
, advogado Rodrigo Araújo comentou sobre o assunto: "A violação do artigo 226 do Código de Processo Penal infelizmente é uma rotina e causa prejuízos imensuráveis aos cidadãos, ocasionando o enclausuramento de inocentes que, por vezes são mantidos presos por anos a fio aguardando o Poder Judiciário reconhecer a arbitrariedade".
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