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Cidades Sexta-feira, 11 de Abril de 2014, 11:20 - A | A

Sexta-feira, 11 de Abril de 2014, 11h:20 - A | A

Revelação

Atraso nas obras da Copa do Mundo em Cuiabá foi determinação do governador Silval Barbosa, revela Eder Moraes

O custo inicial da Arena Pantanal, em contrato assinado em 2010 entre o Estado de Mato Grosso e o consórcio construtor liderado pela empreiteira Mendes Júnior, era de R$ 342 milhões. Atualmente, está em R$ 570 milhões.

por Izabella Araújo/VG Notícias

O ex-secretário estadual da Secretaria extraordinária da Copa, Eder Moraes (PMDB), afirmou ao portal de notícias Uol Copa, que o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB) determinou que ele (Eder) atrasasse as obras da Arena Pantanal, em Cuiabá, com a intenção de comprometer o prazo para entrega de equipamentos.

Moraes comandou a Secopa por um ano - e deixou o cargo em abril de 2012, quando por problemas internos, foi praticamente obrigado a pedir para sair. O ex-secretário foi taxativo ao afirmar ao portal, que a ordem de Silval teria sido para que a obra não fosse concluída com muita antecedência ao início da Copa do Mundo, em 12 de junho, e que o equipamento não ficasse deteriorando.

"Em 2012, o governador (Silval Barbosa) mandou que eu atrasasse a obra, para que o equipamento não deteriorasse com o tempo e não gerasse um custo extra de manutenção", disse Moraes.

Apesar da ordem do chefe do Executivo estadual, o então secretário da Secopa MT teria se recusado a atrasar os trabalhos, conforme afirmou, em entrevista gravada ao UOL Esporte.

"Eu contestei isso (a ordem de atrasar a obra). Eu coloquei ao governador que, independentemente do período de manutenção ou não, toda vez que você faz uma redução no ritmo da obra, você desmobiliza. E para você mobilizar novamente leva um tempo para fazer essa adequação. Então, na minha concepção, era um risco alto. Então, enquanto eu estava secretário, eu não fiz isso".

A obra que está atrasada há mais de um ano, e conforme Eder, o atual secretário da Secopa, Maurício Guimarães atendeu aos pedidos de Silval. "Logo na sequência (da solicitação do governador), eu deixei a secretaria, e não sei se o Maurício atendeu, mas, pelo jeito, atendeu a essa recomendação".

Ainda segundo Eder, o estádio "é uma pérola", mas que precisa ser privatizado. "Os clubes de futebol de Mato Grosso não têm como garantir a viabilidade econômica do equipamento, por isso mesmo foi feita uma arena multiuso. É preciso encontrar um investidor da iniciativa privada que esteja disposto a colocar Cuiabá no circuito dos grandes eventos internacionais, como lutas de UFC e shows musicais", finalizou.

Arena Pantanal - O custo inicial da Arena Pantanal, em contrato assinado em 2010 entre o Estado de Mato Grosso e o consórcio construtor liderado pela empreiteira Mendes Júnior, era de R$ 342 milhões. Atualmente, está em R$ 570 milhões.

Se for levada em consideração a previsão de gastos com as estruturas provisórias que serão montadas para a Copa, que serão integralmente pagas pelo Estado de Mato Grosso, o custo total alcança R$ 605 milhões.

Em agosto de 2012, o governo de Mato Grosso, que está pagando 100% da obra, fazendo uso de empréstimos federais, anunciou um aditivo contratual que aumentou em R$ 60 milhões o custo geral da empreitada, alegadamente em virtude da necessidade de comprar equipamentos de iluminação e telecomunicação que não estavam previstos na previsão inicial de custo. Na mesma alteração do contrato, foi anunciado um adiamento no prazo de entrega: era dezembro de 2012, virou junho de 2013.

Na época da alteração contratual, a obra estava 45% concluída, segundo a Secopa MT. Nos oito primeiros meses daquele ano, os trabalhos avançaram apenas 10%. Já de agosto de 2012 até fevereiro de 2013, o percentual de conclusão da empreitada foi de 45% para 62%, sempre de acordo com dados da Secopa MT. De fevereiro de 2013 até hoje, a data de conclusão do estádio foi alterada mais quatro vezes, a atual é 15 de maio deste ano.

Por causa dos atrasos, foi necessário contratar um turno extra de trabalho nas obras da Arena Pantanal, além de estender o trabalho de operários e engenheiros em mais de um ano. Ainda assim, a Secopa MT afirma que os atrasos não geraram nenhum custo extra ao Estado de Mato Grosso.

Outro lado: Em nota, a assessoria da Secopa negou que o atual secretário, Maurício Guimarães tenha recebido qualquer ordem como esta do governador de Mato Grosso. E os atrasos na obra da Arena Pantanal ocorreram por diversos fatores já elencados publicamente, como ajustes de projetos, entre outros. (Com informações do Portal UOL).

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