A indústria de transformação registrou retração no faturamento real e no número de horas trabalhadas na produção, tanto na passagem de maio para junho quanto na comparação do segundo trimestre com o primeiro. A informação é da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que divulgou, nessa sexta-feira (08.08), os Indicadores Industriais referentes a junho.
Em junho, o faturamento real caiu 1,9% em relação a maio, já descontados os efeitos sazonais, acumulando recuo de 2,6% no trimestre. Apesar disso, no acumulado de janeiro a junho, ainda há alta de 6,5% em comparação ao mesmo período de 2024.
As horas trabalhadas na produção também recuaram 0,7% no mês e 1% no trimestre, embora apresentem crescimento de 2,7% no acumulado do ano.
O nível de emprego industrial manteve-se estável pelo segundo mês consecutivo, indicando maior cautela por parte dos empresários nas contratações. No acumulado do semestre, houve alta de 2,4% em relação a 2024.
Na contramão, a massa salarial real avançou 1,3% em junho e 1,2% no trimestre, enquanto o rendimento médio real subiu 1,2% no mês e 1,7% no trimestre. Segundo a CNI, o movimento reflete um mercado de trabalho aquecido, com taxas de desemprego historicamente baixas, o que pressiona para cima os salários.
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) permaneceu praticamente estável em junho, com variação de 0,1 ponto percentual, situando-se em 78,8%. No acumulado do ano, o indicador recuou 0,8 ponto percentual em comparação a 2024.
De acordo com a CNI, o resultado de junho confirma a perda de dinamismo da atividade industrial na primeira metade do ano, cenário que exigirá atenção no segundo semestre para evitar uma desaceleração mais intensa.
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