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Brasil Quarta-feira, 25 de Junho de 2025, 10:01 - A | A

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ocultou cônjuge

Estudo aponta que 1,3 milhão de famílias podem ter fraudado Bolsa Família

Mais de 1,3 milhão de famílias podem ter ocultado cônjuge para receber Bolsa Família, aponta estudo

Lucione Nazareth/VGN

Um levantamento divulgado nesta quarta-feira (25.06) pela organização DataBrasil estima que 1,39 milhão de famílias beneficiárias do Bolsa Família tenham omitido a existência do cônjuge em seus cadastros para se enquadrar nas regras do programa e continuar recebendo o benefício. A prática pode configurar fraude contra a administração pública.

A estimativa foi feita a partir da comparação entre os dados do Censo Demográfico de 2022 e os registros do Cadastro Único (CadÚnico). Em 2.134 municípios, o que representa 38,3% do total de cidades brasileiras, o número de famílias monoparentais no Bolsa Família supera o total de domicílios monoparentais apurados no Censo, o que indica possível omissão de informações.

De acordo com a nota técnica do instituto, a ocultação de um cônjuge com renda formal pode reduzir artificialmente a renda por pessoa da família e torná-la “elegível” para o Bolsa Família, cujo limite é de R$ 218 por membro. Já em casos de cônjuges sem renda formal, há indícios de que algumas famílias tenham feito cadastros duplicados, registrando-se como se fossem duas unidades familiares distintas.

Se confirmadas, as fraudes podem ter gerado um gasto anual indevido estimado em R$ 11,1 bilhões — dinheiro que, segundo o estudo, poderia ser redirecionado para famílias realmente vulneráveis e ajudar a reduzir a fila de espera do programa.

O número real de omissões pode ser ainda maior. Em uma projeção alternativa, assumindo que apenas 80% dos domicílios monoparentais seriam de fato elegíveis ao benefício, a estimativa sobe para 2,25 milhões de famílias com possível fraude.

O estudo também aponta que a prática está espalhada por todo o país, mas é mais frequente nas regiões Norte e Nordeste.

A omissão dolosa de informações no CadÚnico pode levar à exclusão do programa, à devolução dos valores recebidos indevidamente e, em casos mais graves, à responsabilização criminal.

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