A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi notificada nessa segunda-feira (07.12), sobre um possível caso de Candida Auris (C.auris) no Brasil. O fungo foi identificado um paciente internado por complicações da COVID-19, em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), no Estado da Bahia. A amostra foi confirmada pelo Laboratório Central de Saúde Pública Profº Gonçalo Moniz – LACEN/BA. Confira comunicado na íntegra
De acordo com a notificação, o comunicado é considerado alerta de risco por se tratar de fungo emergente que representa uma grave ameaça à saúde global, e foi identificado pela primeira vez como causador de doença em humanos em 2009, no Japão.
O fungo representa uma séria ameaça à saúde pública considerando sua resistência a vários medicamentos antifúngicos comumente utilizados para tratar infecções por Candida. Algumas cepas de C. auris são resistentes a todas as três principais classes de fármacos antifúngicos (polienos, azóis e equinocandinas). Ele ainda pode causar infecção em corrente sanguínea e outras infecções invasivas, podendo ser fatal, principalmente em pacientes com comorbidades.
A identificação desse fungo requer métodos laboratoriais específicos uma vez que a C. auris pode ser facilmente confundida com outras espécies de leveduras, tais como Candida haemulonii e Saccharomyces cerevisiae. Ele pode permanecer viável por longos períodos no ambiente (semanas ou meses) e apresenta resistência a diversos desinfetantes, entre os quais, os que são à base de quartenário de amônio.
Para acompanhar o caso e para prevenir a disseminação de C. auris no país, foi organizada uma força-tarefa nacional composta por representantes da Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde – Suvisa Bahia, da Coordenação Estadual de Controle de Infecção Hospitalar (CECIH Bahia), do Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde – Cievs (Nacional, Bahia e Salvador), da Secretaria de Estado de Saúde da Bahia, da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador e da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, além de representantes do Ministério da Saúde (CGLAB/SVS, Cievs nacional), do Lacen-BA, de laboratórios da rede nacional para identificação de C. auris e da Gerência de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde (GVIMS/GGTES) da Anvisa.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).