A vereadora por Várzea Grande, Sumaia Almeida (Solidariedade), saiu em defesa da direção do Pronto-Socorro Municipal e assegurou que os medicamentos vencidos encontrados na unidade foram “plantados” e classificou como “criminosa” a ação. A defesa ocorreu durante a sessão da Câmara dessa quarta-feira (09.12).
Relatório de vistoria no Pronto-Socorro Municipal elaborado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM-MT) apontou que foram encontrados medicamentos vencidos no carrinho do box de emergência.
Sumaia que é servidora efetiva como farmacêutica no Pronto-Socorro, disse que o medicamento Seloken não entrou na farmácia da unidade e tampouco faz parte da relação dos remédios disponíveis no local.
“Com plena certeza que o medicamento Seloken não entrou na farmácia do Pronto-Socorro de Várzea Grande, a qual eu sou funcionária. Afirmo porque por várias vezes não tivemos esse medicamento na unidade e tínhamos que fazer permuta com outros hospitais para salvar vidas”, afirmou.
Além disso, a parlamentar declarou que a “plantação” do medicamento é um ato “criminoso”, e que outro remédio que não consta na lista do Pronto-Socorro, foi encontrado na tarde dessa quarta (09) em um dos boxes da unidade.
“Hoje, por volta das 16h15 da tarde, fui informada que havia um frasco de soro glicosado vencido no box para ser administrado no paciente. É um ato criminoso. Eu enquanto vereadora, enquanto profissional da saúde, eu quero pedir socorro aos meus pares para nos auxiliar, porque esse é um fato criminoso”, disse a vereadora ao informar que um Boletim de Ocorrência foi lavrado denunciando o fato.
O vereador Fábio Saad (PTC) também defendeu a atual gestão do Pronto-Socorro, e reafirmou que a “plantação” do medicamento é um crime contra a saúde pública e deve ser apurado.
“Vereadores, plantar medicamento vencido em uma unidade de saúde como Pronto-Socorro Municipal vai além do ato político. É um ato criminoso”, disparou o parlamentar.
O parlamentar declarou que os diretores do Pronto-Socorro já estão investigando o fato, e que os vereadores têm como “dever” acompanhar de perto o andamento das investigações para esclarecer o episódio à sociedade.