Com medo de vandalismo, motoristas de Várzea Grande recusam deixar a garagem e mais de 90 mil usuários do transporte coletivo são prejudicados pelo movimento paradista. Os possíveis atos de vandalismos estão relacionados à paralisação nacional desta sexta-feira (28.04) contra o projeto do governo federal de reforma da previdência, legislação trabalhista e da terceirização.

De acordo com o gerente operacional da empresa União Transporte (responsável pelo transporte coletivo municipal), Cícero Neponuceno, os motoristas chegaram na madrugada desta sexta-feira (28.04), como de costume, para trabalhar, mas após baterem o ponto, foram orientados pelo Sindicato dos Motoristas a não rodarem com os ônibus.

“O Sindicato disse para eles que não teriam segurança para sair e rodar nas ruas, e os orientaram aderir o movimento paradista. A empresa a todo o momento tentou negociar com os motoristas, mas infelizmente o Sindicato não deixou os trabalhadores saírem para fazer o transporte coletivo“, declarou Neponuceno ao oticias.

Segundo ele, a empresa irá respeitar a decisão dos motoristas e irá aguardar a decisão do Sindicato para saber se os ônibus irão rodar ou não nesta sexta em Várzea Grande.

O vice-presidente do Sindicato dos Motoristas Profissionais e Trabalhadores em Empresas de Transportes Terrestres de Cuiabá e Região (STETTCR), Almir Justino, disse ao oticias que a categoria recebeu informação via WhatsApp, mídias sociais e pela imprensa, que alguns manifestantes estariam organizando possíveis atos de vandalismo aos ônibus caso a frota circulasse no dia de hoje.

“Pensando na segurança dos motoristas, viemos na garagem da empresa para orientar os trabalhadores a não rodar com os ônibus para não sofrerem represálias de manifestantes mais exaltados. A nossa intenção é garantir a segurança dos trabalhadores, e não em prejudicar os usuários do transporte coletivo”, explicou.

Justino declarou ainda que o Sindicato deve se reunir pela manhã em um ato no Centro de Cuiabá para definir se os motoristas irão circular ou não nesta sexta.

“Acredito que após esse ato já saberemos como que está o movimento paradista, e assim orientar os motoristas a saírem ou não para rodar com a frota de ônibus”, finalizou.

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