No desfile cívico em comemoração aos 149 anos de Várzea Grande, ocorrido no último domingo (15.05), com faixas, moradores protestaram e cobraram a abertura da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Ipase.
O protesto é devido anúncio da prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos (DEM) de que a UPA do Ipase iria funcionar, a partir do mês de junho, como uma Policlínica para realizar o atendimento dos pacientes da rede municipal de Saúde.
Para o grupo de protestantes, a transformação da UPA em Policlínica não resolverá o problema da Saúde de Várzea Grande, nem irá desafogar o Pronto-Socorro Municipal.
“Queremos UPA, não Policlínica. UPA do Ipase pronta e equipada – PSF do Bairro Ouro Verde obra pronta e abandonada. Enquanto isso, Pronto-Socorro lotado e pacientes nos corredores” diziam faixas.
Entenda – De acordo com o secretário de Comunicação do município, Marcos Lemos, a decisão adotada pela gestora, em consonância com o entendimento do secretário de Saúde, Luiz Soares, foi mediante ao não envio de repasses financeiros por parte do governo Federal e do Estado.
Para que a unidade funcione é necessário um aporte de R$ 1,2 milhão ao mês, sendo que 50% do valor oriundo de recursos da União (em torno de R$ 600 mil), 25% do governo do Estado (R$ 300 mil), e outros 25% (R$ 300 mil) recursos da Prefeitura de Várzea Grande.
Conforme Lemos, a unidade funcionará com recursos do município, e também será gerida pela administração municipal. Com previsão de começar a funcionar até o final de junho, a Policlínica do Ipase fará atendimentos de clínica geralista e triagem de pacientes.
A UPA - Lançada em janeiro de 2013, a obra teve um custo total de R$ 3,5 milhões, sendo que parte desse recurso foi do governo Federal e outra da Prefeitura.
Um Termo de Ajustamento e Conduta (TAC) firmado por intermédio do Ministério Público do Estado com a empresa MRV Construtora gerou a doação de R$ 1,370 milhão para equipar a UPA do Ipase. Além deste TAC, outros foram feitos que garantiram que a unidade fosse equipada com aparelhos de ares condicionados.
A UPA foi projetada para atender 1.000 pacientes por dia e deve contar com 18 leitos para casos de urgência e emergência. Esta será a primeira Unidade de Pronto Atendimento do município e servirá para desafogar os atendimentos do Pronto-Socorro da cidade, que hoje sofre com a superlotação e falta de estrutura.