Apresentar sugestões que possam combater o preconceito, a misoginia, a desigualdade de gênero e a exclusão feminina, inspirando meninas e meninos do mundo todo e ensinando valores éticos. Este é o principal objetivo do livro “Meninas e Meninos”, da escritora e servidora da Secretaria de Educação de Várzea Grande, Eliani Silveira Viana.
Eliani Silveira atua como TDI no CMEI Nossa Senhora da Guia, no bairro Jardim Marajoara. Segundo a escritora, a obra literária, que é destinada ao público infantil, aborda questões sociais, religiosas, raciais e de combate às mais variadas formas de preconceitos, dando maior ênfase nas questões de gênero.
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“A obra apresenta indagações acerca da representação da mulher na sociedade à qual busca incansavelmente alcançar posição de igualdade. O principal enfoque que eu trago é a de uma sociedade igualitária e com equidade, onde todos tenham oportunidades iguais, sem competições, independente do gênero e classe social”, declarou.
Segundo o secretário de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Smecel), Sílvio Fidelis, a obra literária foi publicada recentemente e servirá de conteúdo para ser trabalhado nas unidades de ensino de Várzea Grande. “Fiquei muito feliz em conhecer o trabalho da Eliani, especialmente por ela ser uma servidora da nossa rede e por trazer um tema tão importante para o contexto escolar. É uma obra de extrema relevância para ser trabalhada com nossos alunos envolvendo educação e cultura”, disse o gestor.
A Obra
Eliani Silveira explica que a ideia de escrever o livro surgiu quando ainda era aluna do curso de Pedagogia, na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). “A escrita da obra se desenvolve em três momentos, primeiro foi a partir de uma vivência pessoal, observando brincadeiras do meu filho com a priminha, que discutiam sobre o que as meninas e os meninos fazem e, depois, durante o meu trabalho, ao ler uma obra literária para os alunos da educação infantil sobre a borboletinha e o borboletão”, comenta.
Segundo a escritora, a obra infantil colocava os meninos sempre em situações superiores e as meninas em segundo plano, demonstrando como as diferenças e desigualdades são introduzidas nas crianças desde cedo, revelando uma cultura padronizada de um mundo que deseja impor a supremacia masculina como norma social.
“Aquilo me deixou incomodada e impactada e pensei em dar continuidade à história da borboletinha, escrevendo o livro ‘Meninas e Meninos’, porque as crianças precisam crescer se vendo como iguais e não como competidores entre os gêneros. Penso que cabe a nós fazer essa reconstrução social, combatendo o machismo, o racismo e o preconceito de forma geral”, explica.
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