Carismática nas redes sociais, Sophia Livas de Morais Almeida, 32 anos, foi presa na manhã dessa segunda-feira (19.05) durante uma operação da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), sob suspeita de se passar por médica e atender ilegalmente crianças com doenças cardíacas graves.
A prisão ocorreu após denúncias de familiares e investigações que revelaram uma série de crimes envolvendo a atuação da falsa profissional.
Segundo informações do G1, entre as vítimas estão pelo menos duas crianças autistas, que receberam receitas com medicamentos controlados supostamente prescritos por Sophia. A polícia também apurou que dois pacientes chegaram a perder seus empregos após apresentarem atestados médicos falsos, também emitidos por ela.
A operação que resultou na prisão foi coordenada pelo delegado Cícero Túlio. Ao ser detida, Sophia levou os agentes até sua residência, onde foram encontrados jalecos, medicamentos, receituários do Sistema Único de Saúde (SUS) e uma série de documentos médicos falsificados, alguns deles preenchidos com nomes de médicos reais que já haviam denunciado a utilização indevida de suas identidades.
“Diversos documentos, inclusive com nomes de profissionais que se disseram lesados, foram localizados no imóvel. É um caso grave que expõe crianças vulneráveis a riscos incalculáveis”, afirmou o delegado.
O Conselho Regional de Medicina do Amazonas (Cremam) declarou que, até o momento, não recebeu nenhuma denúncia formal sobre o caso, mas ressaltou que todas as informações sobre o exercício ilegal da medicina são encaminhadas às autoridades competentes. O Cremam reforça que a população pode consultar gratuitamente a regularidade de médicos registrados no site do Conselho Federal de Medicina (CFM).
A Justiça determinou a prisão preventiva de Sophia, que deve responder por uma série de crimes, incluindo:
Falsa identidade
Falsidade ideológica
Exercício ilegal da medicina
Estelionato contra vulnerável
Falsificação de atestado médico
Curandeirismo
Charlatanismo
Sophia será apresentada em audiência de custódia e permanecerá à disposição da Justiça. A Polícia Civil segue investigando o caso para identificar se há mais vítimas ou cúmplices envolvidos na fraude. (Com informações do G1)
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