O ciclone Idai, que atingiu o sudeste da África, mas particularmente a costa de Moçambique com maior força, começa a revelar seus estragos uma semana depois.
Imagens do sistema de satélites da Agência Espacial Europeia mostram que cerca de 2.600 quilômetros quadrados de terra estão inundados apenas na região de Beira, em Moçambique. É como se todo o município do Rio de Janeiro estivesse sob as águas.
Os números da destruição causada pelo fenômeno impressionam. Apenas nas províncias de Sofala e Manica — as mais afetadas pelo ciclone — são 109.528 pessoas diretamente afetadas, o que equivale a 32.212 famílias. São pelo menos 1.420 feridos e 242 mortos.
No que diz respeito à infraestrutura, 616 salas de aulas foram destruídas, 14.310 alunos estão sem aulas, 4.363 casas foram parcialmente destruídas, enquanto 11.025 casas foram totalmente destruídas e outras 2.056 casas estão embaixo d’água.
Esses dados foram divulgados pela Cruz Vermelha de Moçambique (CVM), que auxilia no resgate e no apoio às vítimas.
A ONU já considera que o ciclone pode ter sido o "pior desastre climático que se abateu sobre o hemisfério sul".
O ciclone segundo a meteorologia
A meteorologista Heloísa Pereira, da Somar Meteorologia, explica que o fenômeno se formou sob o continente e foi se dirigindo ao leste, para chegar ao oceano.
A cidade de Beira ficou devastada — como mostram as imagens de satélite — porque, ao chegar na região costeira, a umidade do oceano alimentou a potência do ciclone.
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