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Política Segunda-feira, 25 de Abril de 2016, 17:23 - A | A

Segunda-feira, 25 de Abril de 2016, 17h:23 - A | A

A casa caiu

Walace, Roni e Evandro são denunciados pelo MP/MT

Eles são acusados da prática de Corrupção Ativa.

Rojane Marta/VG Notícias

O ex-prefeito de Várzea Grande Walace Guimarães, e os empresários Antônio Roni – proprietário da Penta e da Editora de Liz, e Evandro Gustavo Pontes – da Intergraf, foram denunciados pelo Ministério Público do Estado na 4ª Fase da Operação Sodoma. Eles são acusados da prática de Corrupção Ativa.

Além dos três, foram denunciados mais 14 pessoas, entre elas o filho do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), médico Rodrigo Barbosa, que foi preso preventivamente nesta segunda.

De acordo com a denúncia, assinada pela promotora de Justiça Ana Cristina Bardusco Silva, as investigações revelaram que Walace, Roni e Evandro, agindo após prévio ajuste de vontades e objetivos ofereceram e entregaram vantagem indevida a organização criminosa, sob comando de Silval Babrosa (PMDB), correspondente a importância de R$ 2 milhões.

Conforme a denúncia, em 2012, o ex-secretário de Administração César Roberto Zílio foi procurado por Walace na sede da SAD/MT, quando lhe ofertou a importância de R$ 1 milhão para que lhe auxiliasse a levantar fundos para custear sua campanha a prefeito de Várzea Grande, e, para tanto, solicitou providências para que o erário procedesse a pagamentos de serviços gráficos que não seriam prestados ou apenas parcialmente prestados, cujo valor seria destinado a sua campanha política. N

“Na oportunidade afirmou que os pagamentos deveriam ser destinados a aproximadamente 05 (cinco) gráficas – das quais era sócio e/ou parceiro comercial, recordando-se dos seguintes nomes: EDITORA DE LIZ LTDA. ME e EGP DA SILVA ME. WALLACE foi categórico ao estabelecer que o fornecimento seria forjado, com o propósito de levantar recursos para sua campanha e, ainda, que as providências deveriam ser adotadas o mais rápido possível” diz trecho da denúncia.

Ainda, conforme consta, na oportunidade César Zilio ponderou que operações fraudulentas desta monta não poderiam ser realizadas sem a autorização de Silval Barbosa, quando prontamente Walace teria informado: “pode deixar que isso é um assunto que eu resolvo” (sic), assegurando que conversaria com o então governador e resolveria diretamente com ele.

No mesmo dia, segundo a denúncia, Walace retornou ao gabinete de Zilio informando que havia conversado com Silval e obtido sua autorização.

“Diante da autorização do LÍDER da ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA, CÉSAR ZÍLIO determinou a JOSÉ CORDEIRO que providenciasse a adesão a ata de registro de preço Pregão Presencial 093/2011 pela SAD13 por órgãos específicos dos quais não se recorda, alertando a JOSÉ CORDEIRO que se tratava de assunto político-partidário. Ao receber a instrução JOSÉ CORDEIRO, agindo no interesse da ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA, adotou todas as providências necessárias para que o resultado buscado fosse atingido. Dentre as empresas utilizadas para atender aos interesses de WALLACE e comparsas, só foi possível identificar, até a presente data: EDITORA DE LIZ LDTA., de propriedade de ANTÔNIO RONI DE LIZ e EGP DA SILVA ME, de propriedade de EVANDRO GUSTAVO PONTES DA SILVA, as demais ainda estão sendo levantadas. Em relação à EDITORA DE LIZ LTDA ME foi formalizado o contrato administrativo de fornecimento nº 043/2012/SAD/MT, cujo extrato foi publicado no DOE - Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do dia 01/10/2012, tendo como objeto a confecção de materiais publicitários para atender as demandas de serviços solicitados pelos órgãos do governo junto a Superintendência da IOMAT, fls. 224/226. Importante registrar que em 17/08/2012 foi ordenado empenho no valor de R$ 2.146.564,30 - ANTES MESMO DA PUBLICAÇÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO e realizada liquidação em 17/10/2012, no valor de R$ 1.236.665,22, para a referida empresa, cujo ordenador de despesas foi CÉSAR ZÍLIO” trecho extraído da denúncia.

Quanto à empresa EGP da Silva ME, segundo a denúncia, foi formalizado o contrato administrativo de fornecimento de número 044/2012/SAD, cujo extrato foi publicado no DOE em 01/10/2012, tendo como objeto a confecção de materiais publicitários para atender as demandas de serviços solicitados pelos órgãos do governo junto a Superintendência da IOMAT. “A favor desta empresa foi ordenada a expedição de empenho no valor de R$ 2.850.528,06 e realizada liquidação no valor de R$ 1.227.274,32, que igualmente ocorreram nas datas de 17/08/2012 e 17/10/2012, respectivamente, e o empenho ANTES DA PUBLICAÇÃO DO EXTRATO DO CONTRATO, cujo ordenador de despesas também foi CÉSAR ZÍLIO” trecho extraído da denúncia.

Roni teria feito pessoalmente o pagamento da propina para Zilio, no valor de R$ 2 milhões. “A importância foi entregue por intermédio de vários cheques, de emissão do grupo das gráficas vinculadas ao referido candidato. Naquele mesmo dia em que recebeu a propina, CÉSAR ZÍLIO, como sempre procedia, repassou a SILVAL a parte que lhe cabia, ou seja: R$ 1.000.000,00, adotando o procedimento usual deixando o dinheiro no banheiro do gabinete do governador. Interessante destacar que dentre os cheques entregues por ANTÔNIO RONI DE LIZ em comunhão de propósitos com WALLACE GUIMARÃES e com EVANDRO, encontravam-se 07 (sete) cheques emitidos pelas empresas: EDITORA DE LIZ e EGP DA SILVA, utilizados por CÉSAR ZÍLIO para pagar os imóveis localizados na Av. Beira Rio, objeto de detalhamento em tópico apartado” diz denúncia.

A promotora citou matérias jornalísticas que revelam a negociata do trio (Walace, Roni e Evandro) e decisão da Justiça eleitoral que cassou o registro de candidatura de Walace, por caixa dois.

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