Em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, Silvio Correa Araújo afirmou que a Consórcio Mendes Júnior repassou R$ 1 milhão para “caixa dois” de campanha do ex-governador em 2010, e ao ex-deputado Homero Pereira (já falecido).
Conforme delação premiada, homologada no Supremo Tribunal Federal (STF), Silvio conta que representantes do Consórcio Mendes Júnior procuraram Silval Barbosa em 2010 e combinaram em repassar R$ 1 milhão para a campanha de reeleição do então governador, e para o então deputado federal Homero Pereira. A empresa, segundo o delator, disse que repassaria o valor em duas parcelas de R$ 500 mil.
Conforme ele, Silval o procurou (Silvio) para informar que uma pessoa chamada Dirceu Sossai, representante do Consórcio, iria entrar em contato para efetuar o pagamento, fato que teria ocorrido entre agosto ou setembro de 2010 (não sabendo precisar a data correta).
Na delação, Silvio revela que o primeiro pagamento de R$ 500 mil ocorreu na casa de um assessor de Homero Pereira (chamado apenas de Wendel), localizada próximo ao Círculo Militar. Esse pagamento teria ficado na sua integralidade com o assessor de Homero, que na época, alegou estar passando por dificuldades financeiras.
De acordo com ele, aproximadamente 30 dias depois, foi realizado um novo encontro, no mesmo local, e pago os outros R$ 500 mil. A quantia ficou com Sílvio, que posteriormente repassou o valor para Silval Barbosa. Na ocasião, o assessor de Homero Pereira chegou a solicitar o recebimento de parte dos R$ 500 mil, porém, a divisão foi negada.
No depoimento, Silvio afirma que Homero Pereira chegou a ligar para Silval cobrando a divisão dos R$ 500 mil, mas o pedido foi negado pelo ex-governador.
O dinheiro repassado, em espécie, pelo Consórcio Mendes Júnior teria sido usado na campanha eleitoral de Silval Barbosa nas eleições de 2010.
Arena Pantanal - A Mendes Júnior venceu a licitação para a construção da Arena Pantanal em março de 2010, inicialmente orçada em R$ 342 milhões. No mês seguinte, foi assinado o contrato entre o governo e a empresa. Foram assinados vários termos aditivos de contrato e, por fim, foram gastos mais de R$ 500 milhões e até agora a obra não foi entregue oficialmente.
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