A investigação da Polícia Civil sobre a fraude no concurso público que “chocou” Mirassol d'Oeste constatou que J.R.P., acusado de operar o esquema tinha, meses antes da realização das provas, a lista com a classificação nominal e a definição por colocação nos cargos do certame público.
Evidências também apontam J.R.P como o mandante do homicídio do advogado Francisco de Assis da Silva, proprietário do Grupo Fassil, em São José dos Quatro Marcos.
Segundo a Polícia Judiciária Civil (PJC), as informações foram extraídas do aparelho do operador, que teve prisão decretada, mas está foragido. “J.R.P. já possuía a relação dos 35 candidatos aprovados no concurso, antes mesmo da realização das provas que ocorreram em fevereiro do ano passado”, informou a Polícia Civil.
Segundo as investigações, algumas anotações indicavam instruções específicas para determinados candidatos, como "não precisa ser primeiro" ao lado do nome de um candidato ao cargo de Fiscal de Obras e Postura, bem como, haviam outras recomendações, como, por exemplo, no caso da candidata ao cargo de enfermeira que constava uma observação ‘sexto’, enquanto que outra, para enfermeira em PSF havia o lembrete ‘primeiro’.
“Junto aos nomes de outros três candidatos ‘aprovados’ para o cargo de odontólogo constavam as observações de ‘primeiro, segundo e terceiro’.
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O suspeito de operar o esquema J.R.P.,foi preso com o vice-prefeito do município de Porto Esperidião (a 328 km de Cuiabá), Antônio Carlos Laudivar Ribeiro, a chefe de gabinete da Prefeitura, o proprietário da empresa Método Soluções Educacionais em 29 de junho, durante a operação "Ápate", deflagrada pela Polícia Civil. No total, 80 ordens judiciais foram cumpridas.
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