O influenciador digital Luiz Gustavo de Almeida Silva, 26 anos, preso na manhã desta segunda-feira (09.06), em sua residência na avenida Getúlio Vargas, região central de Cáceres (a 220 km de Cuiabá), durante a operação Tiger Hunt, possui 6.099 seguidores em seu perfil oficial no Instagram e se apresenta como gamer profissional, investidor esportivo e jogador de slots.
As últimas postagens em seus stories incluíam a divulgação do “Jogo do Tigrinho” (Fortune Tiger) e uma foto ostentando sua caminhonete Hilux e uma moto aquática — bens que foram apreendidos durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão.
Luiz Gustavo já possui extensa ficha criminal, com registros por tráfico ilícito de drogas e participação em organização criminosa na região de fronteira, conforme informações da Delegacia Especializada de Fronteira (Defron) e da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes. Ele foi classificado pelas autoridades como criminoso contumaz.
Tiger Hunt
A operação deflagrada na manhã hoje (09), investiga uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro, extorsão, estelionato, falsidade ideológica e exploração de jogos de azar. Segundo a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cáceres (Derf), que coordenou a operação, investigações realizadas ao longo de cinco meses revelaram um sofisticado esquema de fraudes por meio de plataformas ilegais de jogos online. O grupo usava influenciadores para divulgar vídeos com supostos ganhos fáceis, utilizando versões manipuladas do “Jogo do Tigrinho” para atrair vítimas.
A estratégia envolvia demonstrações programadas para garantir vitórias, criando uma ilusão de lucros com apostas de baixo valor. Para dar aparência de legitimidade ao esquema, os criminosos compravam CPFs de pessoas vulneráveis, usados para abrir contas bancárias digitais destinadas a apostas e à movimentação de dinheiro ilícito.
Ao todo, foram cumpridas 21 ordens judiciais, incluindo quatro mandados de prisão, cinco de busca e apreensão, sequestro de bens, quebra de sigilos bancário e telefônico, além da suspensão das atividades de empresas ligadas aos investigados.
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