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Polícia Sexta-feira, 27 de Junho de 2025, 10:23 - A | A

Sexta-feira, 27 de Junho de 2025, 10h:23 - A | A

Operação Safra 3

Empresário investigado por furto de grãos tentou liberar R$ 15 mi do BNDES

Ele foi alvo da terceira fase da Operação Safra 3, deflagrada na terça-feira (24)

Nicolle Ribeiro/VGN

Um empresário do ramo de transportes, investigado por envolvimento no furto de mais de R$ 20 milhões em cargas de grãos em Mato Grosso, articulou um esquema para liberar de forma ilegal R$ 15 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele foi alvo da terceira fase da Operação Safra 3, deflagrada na terça-feira (24.06) pela Polícia Civil.

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Conforme a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), o suspeito atuava como operador financeiro de uma organização criminosa, utilizando a própria frota de caminhões para realizar os desvios de soja e milho. O dinheiro do BNDES seria usado para ampliar a logística criminosa.

As investigações apontam ainda que o empresário teria oferecido R$ 500 mil em espécie a um contato em Brasília, como propina, para garantir a liberação do primeiro repasse do crédito, estimado em R$ 5 milhões. O valor total negociado com o banco, no entanto, seria de R$ 15 milhões.

Esquema foi descoberto após fases anteriores da operação

A tentativa de fraude foi descoberta após o avanço das investigações nas fases anteriores da Operação Safra. Conforme a GCCO, a empresa de transportes do investigado era o elo entre o aliciador de funcionários das fazendas e o operador comercial da quadrilha, ambos já identificados nas fases anteriores.

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Em junho de 2022, o empresário foi flagrado transportando os R$ 500 mil em uma caminhonete Chevrolet S-10, em Primavera do Leste, a 234 km de Cuiabá. A prisão em flagrante ocorreu com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) do município.

Durante as diligências, a polícia identificou transferências bancárias suspeitas feitas pelo empresário, com valores que variam entre R$ 43 mil e R$ 210 mil, destinadas à esposa e à ex-esposa de um dos líderes do grupo criminoso.

Organização atuava com apoio de funcionários de fazendas

A terceira fase da Operação Safra focou em furtos e desvios de cargas de grãos de fazendas localizadas nas regiões de Guapirama, Sulina, Colorado, Kesoja e Fazenda Feliz – todas em áreas estratégicas de produção agrícola em Mato Grosso.

O grupo criminoso cooptava funcionários das propriedades, como balanceiros, operadores de carga e gerentes, que liberavam caminhões sem documentação fiscal ou registros oficiais. Os veículos carregavam diretamente dos silos, sem levantar suspeitas imediatas dos produtores.

Depois da retirada ilegal, os grãos eram levados para uma empresa em Cuiabá, onde recebiam notas fiscais falsas para simular legalidade da carga — processo conhecido como "esquentamento". A quadrilha contava ainda com núcleos especializados em falsificação de documentos e lavagem de dinheiro.

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