A contadora e mãe da motorista de aplicativo, Sirlene Fagundes, revelou ao 
que Mariana Fagundes, 32 anos, sequestrada, espancada, dopada e abandonada após ficar quase 24h nas mãos dos sequestradores, que a filha está traumatizada, enfrentando crises de pânico devido aos momentos vividos nas mãos dos criminosos, que ameaçavam desovar o corpo dela em um rio.
Mariana foi sequestrada na última segunda-feira (05.12), no bairro Boa Esperança, em Cuiabá. Conforme os familiares, a motorista havia deixado um passageiro no bairro e estava procurando outra corrida no aplicativo, quando dois suspeitos em uma moto a abordaram e a sequestraram.
Segundo a mãe da vítima, a filha é casada e tem um filho de 3 anos, e eles desconfiaram do sequestro quando a vítima parou de responder e não voltou para casa. Após amanhecer, a família se desesperou e começou a divulgar a foto da motorista em todos os grupos de aplicativos de mensagens e registrou o boletim de ocorrência.
Mariana foi localizada em uma região de mata, com uma corda no pescoço e diversos ferimentos. “Ela foi toda espancada, apresentando sinais horríveis nas costas e nos braços. A perna dela está toda roxa de levar chutes dos bandidos. Enquanto a agrediam, ameaçavam-na de morte e diziam que ela seria refém até finalizar as transferências, após o que, prometiam desovar o corpo dela em um rio, jogando-o de cima de uma ponte”, relatou Sirlene.
Ainda segundo a mãe da vítima, Mariana foi dopada e lembra de vagos momentos em que foi levada para uma casa, onde os criminosos ouviam música alta, faziam uso de drogas e bebiam. Durante esse período, eles se aproximavam dela para desferir chutes.
Após os espancamentos, Mariana foi jogada em uma região de mata, com o carro em movimento. "Foi muito difícil ver minha filha naquela situação, abandonada naquele lugar horrível, escuro e ermo. Se aquele casal que a localizou não tivesse passado naquele exato momento, ela poderia ter sido picada por uma cobra, agredida por outra pessoa, ou talvez não resistiria, poderia ter uma crise de mal súbito. Foi muito apavorante."
Emocionada, a contadora conta que, apesar da brutalidade da violência, o mais importante é que a filha dela está viva. “Ela está com muito medo, muito apavorada, mas está viva, é isso que importa”, finalizou.
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