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Polícia Quinta-feira, 12 de Setembro de 2024, 12:31 - A | A

Quinta-feira, 12 de Setembro de 2024, 12h:31 - A | A

EXCLUSIVO

Dono da empresa Fênix DTVM é preso por garimpo ilegal e lavagem de dinheiro

Pedro Eugênio foi recebido por Mauro Mendes no Palácio Paiaguás em 2022

Lázaro Thor & Edina Araújo/VGN

O empresário Pedro Eugênio Gomes Procópio da Silva, dono da empresa Fênix DTVM, foi preso nesta quarta-feira (11.09) por ordem do Tribunal Regional Federal, no âmbito da Operação Bruciatto II, que revelou um esquema de comércio ilegal de ouro e lavagem de dinheiro em Mato Grosso e no Pará. Segundo fontes do , além do empresário Pedro Eugênio, outro sócio da empresa Fênix, AGSS, também estava com mandado de prisão; contudo, o empresário está fora do país.

Pedro Eugênio foi recebido pelo governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, no Palácio Paiaguás, em 2022, conforme revelou apuração do . No dia 25 de julho deste ano, representantes da Fênix DTVM, empresa de Pedro Eugênio, procuraram a Delegacia da Polícia Federal, alegando que eram os proprietários do ouro transportado em um avião que realizou voo clandestino com destino ao Aeroporto de Bom Futuro, em Cuiabá.

Além de Pedro Eugênio, também foram alvos da operação Roberto Rivelino Ribeiro, Murilo Aurélio de Almeida e Gutaniel da Silva Gomes.

Leia mais sobre o assunto: Comprador de ouro apreendido pela PF foi recebido no Palácio pelo governador Mauro Mendes

As investigações da Polícia Federal que levaram à prisão de Pedro Eugênio indicam que o ouro era extraído de dentro e dos arredores da Terra Indígena Kayapó, no Pará, e levado à capital mato-grossense. Em seguida, o ouro era encaminhado ao exterior.

Operação Bruciatto II
Além de Pedro Eugênio, seis pessoas, alvos da operação por serem responsáveis pela comercialização ilegal de ouro na região sul do Pará e que atuavam financiando, indiretamente, a exploração ilegal do minério, foram presas.

Na ação, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva. No total, 10 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Redenção/PA, três em Tucumã/PA, um em Cumaru do Norte/PA, um em Palmas/TO e um em Cuiabá/MT. Os mandados de prisão preventiva foram cumpridos em Redenção/PA (quatro) e Cuiabá/MT (dois).

Foram apreendidos veículos, joias, ouro, armas e valores em espécie. A Justiça Federal determinou o sequestro e a indisponibilidade de até R$ 1,7 bilhão em dinheiro e bens dos investigados. Além disso, foi determinada a suspensão da atividade de extração mineral e comercialização de ouro de quatro empresas.

Outro lado
A reportagem tentou contato com a defesa do empresário, mas até o momento não obteve resposta.

Leia mais: Receita Federal vai investigar origem de ouro apreendido em aeronave em Cuiabá

 
 
 
 
 
 
 
 
 

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