Um jovem não identificado, 23 anos, foi preso na noite desse domingo (22.05), acusado de agredir a enteada de apenas quatro meses, no município de Confresa (a 1.167 km de Cuiabá).

Conforme a Polícia Civil, o suspeito foi detido no hospital, onde ele acompanhava a mãe da vítima, que levou a criança para atendimento após ela apresentar vômito e não reagir a estímulos.

A criança deu entrada na unidade de saúde na madrugada de domingo, com hematomas visíveis. Diante dos fatos, a equipe médica acionou a Polícia Militar e o Conselho Tutelar e encaminhou a ocorrência para atendimento da Polícia Civil. Um laudo da equipe médica apontou lesões que são, possivelmente, causadas por agressões.

A mãe da criança contou em depoimento, que no último sábado (21), havia deixado o bebê com seu companheiro para ir trabalhar. Segundo ela, o suspeito ligou ainda pela manhã contando que o bebê teria se engasgado.

Já na residência, a mulher encontrou a filha molinha e com a respiração bem curta, tentou fazer a manobra de desengasgo, a bebê chorou um pouco e parou. Depois a mãe amamentou e a criança vomitou. Ainda segundo a mãe, ela percebeu que o rosto da criança tinha uma mancha roxa e perguntou ao padrasto, mas ele não respondeu que não sabia.

Mas tarde, a mulher colocou a criança para dormir e percebeu que ela dormiu mais do que o habitual. Ela então decidiu levá-lo para um hospital. Na ocasião, o suspeito disse que seria melhor levar ao pediatra e não a uma unidade de saúde.

A mulher não acatou o pedido do marido e ainda contou que depois que saíram do hospital, ele pediu para ela falar que a criança tinha escorregado do colo da mãe.

Em interrogatório na delegacia, o suspeito apresentou várias versões, inclusive, a de que a criança havia caído dos braços da mãe. Em razão dos fatos, de omissão, inclusive ter omitido da mãe que a criança havia sido lesionada, ele foi autuado em flagrante pelo crime de lesão corporal dolosa por omissão relevante.

A criança está em estado grave, no Hospital Regional de Confresa, aguardando uma vaga em UTI pediátrica.

A investigação segue para apurar todas as informações e ouvir outras pessoas.

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