"Foi ele quem contou que o irmão engoliu vidro", contou a avó sobre adolescente que confessou triplo homicídio em Itaperuna, em entrevista ao SBT Rio de Janeiro.
O que parecia um acidente doméstico se transformou em um dos crimes mais brutais já registrados em Itaperuna, no interior do Rio de Janeiro. Segundo relato da avó materna, o próprio adolescente foi quem deu a primeira explicação para o desaparecimento da família: ele afirmou que o irmão mais novo havia engolido um pedaço de vidro após quebrar um copo na cozinha.
Ainda de acordo com a avó, a versão apresentada pelo jovem foi a de que a família teria ido dormir sem perceber a gravidade do incidente. Durante a madrugada, o menino teria acordado tossindo e vomitando sangue, o que teria levado os pais a saírem com ele às pressas da residência. No entanto, ninguém soube dizer que veículo os teria levado, nem para onde teriam ido.
Sem notícias do casal e do filho mais novo, familiares iniciaram buscas em hospitais da região na segunda-feira (data não informada). Nenhum registro de atendimento foi encontrado. A ausência de informações e o comportamento do adolescente, que permaneceu com os parentes, começaram a gerar desconfiança.
Na noite anterior à revelação dos fatos, uma inspetora da Polícia Civil entrou em contato com a família e marcou uma perícia na residência. No local, os peritos encontraram manchas de sangue discretas sobre a cama. Porém, o forte odor vindo do ambiente chamou a atenção. Ao levantar o colchão, os investigadores se depararam com uma grande quantidade de sangue.
Diante das evidências, o adolescente foi interrogado e acabou confessando o crime. Segundo o depoimento, ele matou primeiro o pai. Em seguida, atirou contra a mãe, que ainda estava viva quando foi jogada na cisterna nos fundos do imóvel. O irmão mais novo teria acordado com o barulho e, ao presenciar a cena, também foi assassinado com um tiro na cabeça.
Demonstrando frieza, o jovem afirmou aos policiais que “faria tudo de novo”, sem demonstrar qualquer arrependimento. Ele está sob custódia.
A Polícia Civil segue investigando as circunstâncias e possíveis motivações do crime. Os corpos das vítimas foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML). O caso está sendo tratado como triplo homicídio qualificado, e o adolescente poderá ser submetido a medidas socioeducativas, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
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