Alvo da operação Capsicum, deflagrada na manhã desta quarta-feira (22.05), o delegado Dênis Cardoso de Brito se pronunciou em um grupo de WhatsApp após ser afastado das funções. Dênis descreveu como “pior truculência que já existiu”.
Dênis Cardoso é investigado pela Polícia Civil por dirigir até Goiás com um veículo apreendido na delegacia de Porto Alegre do Norte, a 1.143 km de Cuiabá, usando placas de outro veículo e levar um fuzil que não estava registrado no nome dele. Leia mais - Delegado em estágio probatório em MT é alvo de operação e afastado das funções
Contudo, o delegado afastado negou que tenha utilizado o veículo mencionado na operação, e justificou que viajou com sua caminhonete Amarok, e jamais com um carro velho cheio de ninho de rato. Ele ainda ressaltou que gastou do seu próprio bolso dinheiro para arrumar esse tal carro velho que utilizava em investigações e campana na cidade de Porto Alegre do Norte. Segundo ele, o automóvel nunca foi usado em benefício pessoal e tão pouco para viajar para Goiânia.
Em relação ao fuzil, Dênis alegou que durante sua viagem deu carona para um amigo de forma 100% regular, ressaltando que arma citada teria registros e todas as guias necessárias e que o amigo teria transportado para Porto Alegre do Norte e depois para sua residência, onde é Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC).
O delegado afastado após o desabafo disse que seu erro foi dizer “não” à polícia. Dênis mencionou que solicitou uma licença, que de acordo com ele, foi arbitrariamente engavetada e truculentamente redirecionada há mais de 40 dias para a Diretoria-Geral sem nenhuma decisão. “Judicializei e consegui a liminar”, ponderou.
Em decisão proferida no último dia 15 deste mês, o juiz Marcio Aparecido Guedes, da 2ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Cuiabá, autorizou a licença para atividade política de Dênis Cardoso, citando que na Lei Complementar Estadual n.º 407/2010, que trata sobre a Organização e o Estatuto da Polícia Civil de Mato Grosso, prevê que os policiais civis têm direito à licença para atividade política, remunerada e não remunerada.
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Cardoso disse que a resposta da polícia após decisão judicial foi colocá-lo como bandido da noite para o dia. “Desculpem-me, mas na polícia boa vontade e inocência só te causam problemas”, finalizou.
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