por Thaiza Assunção/Jornalista do VG Notícias
A capital mato-grossense, Cuiabá comemora hoje (08.04) 294 anos de fundação. Famosa pelo forte calor de 40 °C, os cuiabanos foram surpreendidos pelo clima agradável nesta segunda-feira. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais a temperatura não teve passar os 25 °C e ainda pode chover à noite.
O município completa mais um ano, passando pela maior mudança estrutural de sua história. Cuiabá é uma das sedes da Copa do Mundo FIFA de 2014 e está deixando para trás o título de “Cidade Verde” para tornar-se uma verdadeira metrópole.
De acordo com a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), ao todo, 15 obras de mobilidade urbana estão em andamento. A capital também vai contar com um modal de transporte moderno: o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Os investimentos chegam a casa de bilhão.
É certo que essas obras vão melhorar tanto a logística quanto o visual do município. Mas, por enquanto, o que as obras trouxeram foi desorganização ao já difícil trânsito da capital. Somada a outros problemas em áreas como a da saúde, educação e segurança a sensação é de que a cidade está abandonada.
Castigada por más administrações, a cidade caminha como pode há muitos anos, para que seu crescimento venha acompanhado também de desenvolvimento.
História: A história de Cuiabá começou a surgir durante as expedições de bandeirantes em busca de índios e minas de ouro, na época colonial, no século 17. A futura capital mato-grossense atraiu desbravadores como Manoel de Campos Bicudo e seu filho Antônio Pires de Campos, e Pascoal Moreira Cabral, que assinou no dia 8 de abril de 1719 a Ata de Fundação de Cuiabá.
Cultura: A cultura cuiabana, como a gastronomia, danças, linguagem e artesanatos são tradições deixadas pelo povo indígenas, bandeirantes paulistas e escravos.
A culinária tradicional, cuja base é os peixes, pescados nos rios da região como pacu, pintado, caxara, dourado e outros são consumidos de várias maneiras, acompanhados de farinha de mandioca, abóbora e banana.
Mas a culinária cuiabana não fica somente nisso. O pequi – de sabor e aroma peculiares – dão cor e enriquecem pratos a base de arroz e frango. O Pacu assado, piraputanga na brasa, mojica de pintado, arroz com pacu seco, moqueca cuiabana, caldo de piranha, ventrecha de pacu frita, dourado ou piraputanga na folha de bananeira e caldeirada de bagre, são pratos nascidos nas barrancas do rio Cuiabá e nas baias do Pantanal por obra da inventividade dos ribeirinhos.
E tem ainda a Maria Isabel, a original farofa de banana da terra, prato exclusivo da culinária local, a paçoca de pilão feita com carne de charque e farinha de mandioca temperada, o furumdu, doce preparado com mamão verde, rapadura e canela, o pixé elaborado com milho torrado e socado com canela e açúcar, o bolo de arroz cuiabano, o francisquito, os doces de caju e manga, o inigualável licor de pequi e o afrodisíaco guaraná de ralar que substitui, nas famílias cuiabanas mais tradicionais o cafezinho brasileiro.