O administrador de empresas, Maurício Moraes, 30 anos, tinha 12 anos quando começou a acompanhar os passos do pai, Nilson Fraga de Moraes, na tradicional Casa dos Freios, na avenida da FEB, em Várzea Grande.
O avô do empresário, Nilton Fraga, 90 anos, chegou a Várzea Grande em 1969 e montou a primeira empresa da família, a Peças Andorinhas, no mesmo endereço. Trabalhando no estoque da loja, Maurício não imaginava que aos 15 anos, após um acidente automobilístico em Vitória (ES), que vitimou seu pai aos 42 anos, teria que assumir junto com sua mãe a direção do negócio.
“Eu trabalhava no estoque, conhecia de peça, mas não sabia como era o funcionamento. Tive que assumir toda a direção, mas aprendi muito com os colaboradores”.
À frente da Casa dos Freios há 15 anos, Maurício segue o legado de garra e persistência da família para superar os momentos de crise, como exemplo, as obras da Copa do Mundo de 2014, que causaram transtornos na avenida da FEB e na empresa.
“Nós pegamos essa maré da época da Copa, mas conseguimos surfar nela, positivamente. Tinha dias que o cliente não conseguia entrar na empresa. Os boletos chegam todos os dias, os funcionários têm data para pagamento, o custo fixo não para. A situação que estávamos passando naquele momento era de medo, insegurança. Inclusive, houve muitos parceiros não conseguiram dar continuidade em decorrência de todo esse transtorno que ocorreu”, lamenta.
Hoje, o empresário ampliou os serviços disponibilizados aos clientes, e o freio, que leva o nome da empresa, é mais uma das especialidades da Casa.
“Nós oferecemos serviço de freios, suspensão, troca de óleo, pneu, alinhamento, balanceamento, desempeno de roda, mecânica, ar condicionado, ABS. Temos aparelhos que fazem diagnóstico automatizado, estamos investindo na qualidade e prestação de serviço para que não fuja da tradição que meu pai deixou aqui, um serviço de qualidade. Tento manter a mesma origem que meu pai implantou e vejo que é o melhor caminho”.
E cita: “Meu avô veio só com o freio, meu pai veio com o freio, colocou a suspensão, balanceamento, eu vim com a troca de óleo, injeção eletrônica, diagnostico eletrônico, computadorizado, desde parte mecânica, revisão periódica, revisão corretiva e preventiva, nós fazemos”.
E sem se esquecer da seriedade e o trato com o cliente. “Seriedade na qual a gente envolve nossos clientes, quando eu paro para pensar na empresa, eu vejo tudo isso, a gente vê tantas coisas que o cliente passa no dia-a-dia e o mínimo que a gente pode entregar é a realização do serviço que ele almejava e a honestidade na prestação do serviço”.
Pensando em expandir a empresa, abrindo uma filial em Cuiabá, porém com os passos firmes e seguros, como classifica de “formiguinha”, o empresário aguarda a estabilização política e econômica no país para não correr risco.
“Eu almejo alguma coisa para Cuiabá, mas na situação a qual o país passa, eu tenho medo de arriscar. Eu prefiro ficar quietinho e ir a passos de formiguinha, de grão em grão, do jeito que estamos aqui está tudo certinho. Não estamos endividados, com empréstimos. Essa é a pegada do meu negócio”.
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