Na tarde deste sábado (03.05), familiares, amigos e admiradores se reuniram no Cemitério Parque Bom Jesus, em Cuiabá, para o sepultamento da jornalista e ativista cuiabana Marielle Ramires, que morreu na última terça-feira (29), aos 44 anos, em São Paulo. A cerimônia foi marcada por um ritual de pajelança conduzido por lideranças indígenas, em um ato simbólico que refletiu a profunda ligação de Marielle com os povos originários e as causas que defendeu ao longo da vida.
A despedida contou com a presença da ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, representantes da Mídia Ninja, movimentos culturais e coletivos de comunicação popular, em homenagem à trajetória de Marielle — uma referência nacional na luta pelos direitos indígenas, pela justiça climática e pela comunicação independente.
Marielle foi uma das fundadoras da Mídia Ninja, da Casa Ninja Amazônia, do Planeta Ella e do movimento Fora do Eixo. Sua militância se destacou por articular projetos voltados à valorização das culturas indígenas e à defesa de pautas sociais e ambientais. Em dezembro de 2024, compartilhou com o público o diagnóstico de um câncer no estômago. Enfrentou a doença com coragem, mantendo o compromisso com as causas que acreditava até os últimos dias.
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