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Economia Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2014, 16:25 - A | A

Quarta-feira, 05 de Fevereiro de 2014, 16h:25 - A | A

Atividade industrial fica estagnada em 2013, mas faturamento sobe 3,8%

Alta do faturamento foi a maior dos últimos três anos, mostra Confederação Nacional da Indústria

G1.com

O nível de atividade industrial, medido por meio das horas trabalhadas na produção, registrou crescimento de apenas 0,1% em todo ano passado, mostrando estagnação no período. Mas isso não impediu de que o faturamento da indústria tivesse alta de 3,8% em 2013 – o maior patamar desde 2010 – segundo números divulgados nesta quarta-feira (5) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

"Com esses resultados, o setor recuperou-se apenas parcialmente do fraco desempenho de 2012", informou a entidade, lembrando que, no ano retrasado, o faturamento da indústria havia avançado 1,1% e que o nível de atividade tinha registrado queda de 1,7%.

Segundo o gerente da Unidade de Política Econômica da CNI, Flavio Castelo Branco, a alta do faturamento em 2013, em um cenário de atividade industrial estagnada, se deve principalmente à alta do dólar - que impactou para cima o faturamento por conta das exportações (que passaram a ser mais rentáveis). "A melhoria do patamar do câmbio permite rentabilidade um pouco melhor do lado das exportações. Em o câmbio se mantendo [neste patamar em 2014], tem efeito favorável sobre o faturamento", declarou ele.

O resultado de dezembro de 2013, porém, não foi animador, uma vez que, naquele mês, as horas trabalhadas na produção mostraram queda de 2,5% – o maior recuo desde maio do ano passado (-3,6%), ao mesmo tempo em que o faturamento recuou 1,1%. Na avaliação da CNI, isso revela que indústria mostra dificuldade de retomar um ritmo de crescimento de forma mais permanente e sustentada.

Emprego industrial

O emprego industrial, ainda de acordo com dados da CNI, cresceu 0,8% em 2013. Com isso, houve melhora frente ao patamar de 2012, quando o emprego na indústria havia recuado 0,4%. Ao mesmo tempo, a massa salarial (total dos salários recebidos) do trabalhador da indústria subiu 1,7% no último ano. "Os indicadores do mercado de trabalho também sustentaram resultados positivos em 2013, mesmo com a indústria operando com baixa intensidade", avaliou a entidade.

Por setores

Os números da CNI msotram que o faturamento subiu em 17 dos 21 setores pesquisados em 2013, na comparação com o ano anterior, com destaque para máquinas e materiais elétricos (+17,7%), madeira (+12,2), máquinas e equipamentos (+11,7%), produtos diversos (+11,5%) e vestuário (+11,2%).

"O emprego é outro indicador que apresentou resultado positivo entre os indicadores da indústria de transformação. Dos 21 setores considerados, 14 registraram crescimento. Aqueles que tiveram maior alta foram: bebidas (+4,3%), couros e calçados (+3,7%), borracha a plástico (+3,1) e vestuário (+3%)", informou a entidade.

A Confederação Nacional da Indústria informou ainda que, no caso das horas trabalhadas na produção, houve queda em 11 dos 21 setores pesquisados em todo ano passado na média de 2013, em comparação com o ano anterior.

Uso do parque fabril

O nível de uso do parque fabril da indústria (capacidade instalada), por sua vez, somou 81,4% em dezembro do ano passado, contra 81,9% no mês anterior e 82,6% em dezembro de 2012. Segundo a Confederação Nacional da Indústria, o indicador registrou crescimento de 0,3 ponto percentual na média de 2013 na comparação com a média do ano anterior.

Perspectiva para 2014

A perspectiva do economista da CNI, Flavio Castelo Branco, para o nível de atividade da indústria neste ano, porém, não é muito favorável. "Esperamos um crescimento pequeno da produção. Nada muito diferente de 2013", disse ele, lembrando que há fatores positivos sobre a atividade industrial, como o dólar mais alto e custo menor da energia.

Ele observou, porém, que também há fatores que impactam para baixo o nível de atividade industrial no país, como a alta da taxa básica de juros para conter as pressões inflacionárias, que vem ocorrendo desde abril do ano passado, além de "questões estruturais" (dificuldades de escoamento da produção) e "elevado custo do trabalho" no Brasil.

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