Após mais uma promessa vazia do prefeito Walace Guimarães (PMDB), servidores da rede municipal de Educação de Várzea Grande podem retomar a greve no município por tempo indeterminado.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Várzea Grande (Sintep/VG), Gilmar Soares, os profissionais da Educação analisam “cruzar os braços” novamente, em função do não cumprimento do “termo de mediação” assinado por Walace no Tribunal de Justiça.
“A greve foi suspensa com a assinatura do termo de mediação proposto pelo Tribunal de Justiça, que de forma irresponsável está sendo descumprido pela administração Walace. Portanto, esta poderá ser a quarta greve nesta gestão que não cumpre nem o que escreve”, disse o presidente do Sintep/VG.
Conforme ele, um dos pontos acordados no Tribunal de Justiça, o reajuste salarial de 16,32% – que ficou acertado para ser concedido em maio -, não passou de promessa. Sem aumento desde 2012, os professores recebem R$ 906 reais para 25 horas semanais de atividades.
“Além de não aumentar o salário, o prefeito ainda realizou vários cortes salariais, como a gratificação dos diretores. Tem profissionais que receberam metade do salário que estava sendo pago” declarou Gilmar.
Outro ponto questionado pela categoria é a aprovação do Plano de Cargo, Carreira e Salários (PCCS). Segundo o presidente do Sintep/VG o projeto que foi enviado pelo prefeito à Câmara e aprovado pelos vereadores, não trouxe nenhuma “vantagem” para os profissionais e sim mais “perdas”.
“Alteraram porcamente o projeto do PCCS da categoria. Ao invés da categoria ganhar com o projeto vamos perder ainda mais. O projeto não reestruturou a carreira apenas trouxe mais prejuízos”, relatou.
Ainda de acordo com Gilmar, nesta terça-feira (03.06) representantes das escolas e creches municipais se reúnem para deliberar sobre a assembleia geral da categoria, que está agendada para a próxima quarta-feira (04.06), às 07h30, no ginásio de esportes da Escola Estadual Licínio Monteiro. A assembleia geral irá definir se os servidores entram ou não em greve.
“Existe grande possibilidade de retomarmos a greve que até então estava suspensa”, finalizou o presidente do Sintep/VG.
Promessas da Gestão Municipal – No “termo de mediação” entre a Prefeitura e os professores – assinado em março deste ano-, ficou acertado que a administração municipal concederia um reajuste salarial para os profissionais de 16,32% no mês maio.
Ficou acordado que em 90 dias a Secretaria de Educação iria realizar um levantamento das perdas salariais de 2010 a 2014 - e apresentar proposta de pagamento. A Prefeitura se comprometeu ainda, realizar um estudo de impacto financeiro para remunerar os profissionais que fizeram curso de qualificação pro-funcionários.
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