A rede de hotéis “Nobile Hotéis”, que mantinha filial em Várzea Grande, por meio de arrendamento do espaço Hits Pantanal, situada na avenida Arthur Bernardes, é acusada de dar calote em 40 funcionários que atendiam no município.
Conforme denúncia, além de não acertar os direitos trabalhistas dos funcionários, a rede teria deixado o local sem pagar parcelas do arrendamento.
Por meio da rede social Facebook, um dos funcionários do “Nobile Hotéis” de Várzea Grande, Fagner Benites acusou a empresa de deixar o local devendo seis meses de aluguel e demitir mais de 40 funcionários sem fazer o acerto trabalhista.
Conforme o ex-funcionário, a empresa teria mandado os trabalhadores procurarem a Justiça, caso quisessem receber seus direitos.
“Nobile hotéis uma empresa que se diz sólida mas não tem a mínima capacidade para honrar com seus compromissos. Trabalhei durante um ano na empresa em várzea grande-MT que saiu devendo seis meses de aluguel e deixando mais de 40 funcionários Sem receber um centavo dos seus direitos a empresa nem se quer deu uma posição sobre os pagamentos e ainda teve a cara de Pau de falar para seus funcionários se quiserem receber para procurar a justiça? (sic)” diz publicação.
O proprietário do Hits Pantanal, empresário Adalto Tuim, procurado pela reportagem do VG Notícias, confirmou a denúncia de que a empresa teria deixado o empreendimento inadimplente. Tuim disse que a empresa deixou de honrar com reparos que deveriam ter feitos após deixar o Hits Pantanal, conforme previsto em cláusula contratual. “Tudo o que sumiu, que se estragou, durante a gestão deles, assinado pelo gerente Geral em Varzea Grande e procurador da empresa por instrumento público, Ademir Antonelli, em inventário não foi reposto. Além de não honrarem 100% do valor do contrato, deixaram o imóvel com falta de manutenção e não repuseram o enxoval do Hits usado durante um ano por eles” explicou.
Outro lado - A reportagem do VG Notícias ligou em Brasília, onde a rede de hotéis tem uma filial, e atendente identificada como “Luíze”, confirmou que a “Nobile Hotéis” não possui mais nenhuma filial em Mato Grosso e ao ser indagada sobre a acusação de “calote” nos funcionários pediu para que entrasse em contato com a assessoria jurídica da rede de hotéis.
A assessoria jurídica da “Nobile Hotéis”, em Brasília, por meio da advogada Isabella Pantoja Casemiro, disse ao VG Notícias que a informação de “calote” não procede, que a empresa está fazendo acerto com todos os funcionários e que não deixou nenhum trabalhador sem assistência.
“Esta informação de calote não procede, inclusive este termo é muito ofensivo em relação a imagem da empresa, pois, se trata de uma informação inverídica. Nós já estamos fechando acordo com todos os funcionários. Assim, como todos os outros empreendimentos da rede Nobile a gente vem cumprindo com o pagamento das verbas trabalhistas. Estes acordos estão sendo feitos em juízo e já temos todas as audiências de conciliação agendadas e inclusive, já iniciamos o pagamento de alguns dos funcionários” declarou.
A denúncia de não pagamento do valor de arrendamento também foi contestada pela advogada. Segundo ela, a Nobile e os proprietários do Hits Pantanal fizeram um termo de distrato, o qual está sendo cumprido rigorosamente. “Houve um termo de distrato, onde também foi feito um acerto entre as partes, a própria Nobile e proprietários do Hits Pantanal, ou seja, mais uma vez a informação passada para você é inverídica, nós temos um termo de distrato onde está sendo cumprido certinho” disse.
Referente a publicação no Facebook, a advogada disse acreditar que se houve alguma manifestação não deveria ter mais. “Acredito que já tenha apagado, diante do pagamento das verbas trabalhistas os funcionários já estão mais tranquilos” argumentou.
Indagada se no momento da comunicação de dispensa dos funcionários, a empresa teria feito pouco caso com os trabalhadores, informando que quem quisesse deveria procurara a Justiça, conforme consta em publicação no Facebook, Isabella respondeu que quanto a questões administrativas ela teria que pedir autorização para a empresa para falar sobre o assunto, que naquele momento estava respondendo apenas questões jurídicas. Ela ficou de retornar para redação do VG Notícias, porém, até o fechamento da matéria não houve retorno.
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