O juiz da Vara de Execuções Penais, Geraldo Fidelis, visitou a Penitenciária Central do Estado (PCE) nessa terça-feira (26.11) e afirmou que após quase quatro meses da operação Elisson Douglas, o local está mais limpo, sem pichações e organizado. Contudo, a superlotação e o calor nas celas ainda são os principais desafios.
“Existe um projeto no valor de R$ 440 mil para a instalação de climatizadores em cada cubículo, semelhante ao que existe na Cadeia Pública de Sorriso, com ventilação a seco que gera bem-estar interno. Os valores para o projeto podem ser de penas pecuniárias da 2ª Vara Criminal ou de multas dos leilões judiciais. Além disso, é necessária a construção do raio 6 com 540 vagas, o que minimizaria essa superlotação”, contou.
O diretor da PCE, Agno Sérgio Ramos, explicou que ao retirar a fiação elétrica de dentro das celas, durante a operação iniciada em agosto deste ano, o calor predominou, embora haja ventiladores nos raios.
“Esse projeto dos climatizadores no teto dos solários terá capacidade de trocar o ar em até 50 vezes por hora e as celas ficarão com temperatura em torno de 25 graus”.
A fiação foi retirada porque, além de ser utilizada para ventiladores nas celas, os reeducandos utilizavam a energia da unidade para carregar a bateria dos celulares, empregados na prática de crimes e golpes.
Mais vagas: O juiz Geraldo Fidelis afirmou que além das vagas em Cuiabá, o Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Penitenciário (GMF), supervisionado pelo desembargador Orlando Perri, apontou a necessidade de novas alas em Rondonópolis, Sinop e Água Boa, todas com 540 vagas. Seriam 2.160 vagas a mais, além das 1.008 da nova unidade penitenciária em construção em Várzea Grande e 275 em Peixoto de Azevedo.
Atualmente, a Penitenciária Central do Estado tem 851 vagas e possui população carcerária de quase 2,3 mil presos, e deste universo, 1.294 são condenados e outros 1.004, provisórios. Circuito interno de TV e mais leitos.
O diretor da PCE ressaltou que a operação iniciada na PCE já tem dado resultados. Foi realizada a reforma de 48 celas, retirada de esgoto a céu aberto, adequação de mais 134 leitos, adaptação de brisas no corredor permitindo melhor visualização dos agentes no interior dos raios, e mudança na reestruturação do procedimento dentro da unidade. (Com Secom/MT).
“Temos câmeras em 100% da unidade. Se tiver algum ato ilícito, alguma denúncia de maus tratos, o videomonitoramento poderá comprovar a veracidade disso. Antes os presos andavam soltos e imperava o mando da facção criminosa. Trabalhamos para cumprir a lei, diminuímos a força de alguns presos e conseguimos dar banho de sol de forma controlada, melhora até a retirada para audiência com advogados. Hoje sabemos onde está cada preso dentro da unidade”, finalizou Agno Ramos.
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