O Ministério Público Estadual (MPE), por meio de inquérito civil, investiga o ex-secretário de Finanças de Várzea Grande, empresário Mauro Sabatini por abandono de dois terrenos. Os imóveis, localizados na rua 400, quadra 79, lotes 07 e 08 no loteamento Novas Fronteira, estão em estado de abandono há aproximadamente nove anos, servindo de esconderijo para marginais para prática de crimes, além do descuido ocasionar o crescimento de mato e a proliferação de animais peçonhentos, segundo consta na denúncia.
De acordo com o inquérito, após ser notificado para providenciar a limpeza dos lotes, Sabatini, fez-se inerte. “A propriedade deve ser desenvolvida de acordo com sua função social, não sendo lícito ao seu proprietário abandoná-la sem nenhuma razão e expor as pessoas que residem no entorno, o ônus do convívio com imóveis propício à ocultação de atividades ilícitas” diz trecho do inquérito assinado pela promotora de Justiça Maria Fernanda Côrrea da Costa.
Conforme a promotora, as investigações podem resultar na imediata limpeza dos lotes sob pena de multa e pagamento dos serviços de limpeza que na hipótese de inércia do proprietário devem ser realizadas pelo próprio município.
A promotora oficiou a Procuradoria Geral do município de Várzea Grande, requerendo que fosse expedido ofício à Secretária Municipal de Serviços Públicos de Várzea Grande, para que desloque equipe de fiscais com o objetivo de verificar se ainda persistem os problemas relacionados ao excesso de mato e lixo nos imóveis.
Outro Lado - O ex-secretário municipal de Finanças, Mauro Sabatini afirmou em entrevista ao VG Notícias, nessa sexta-feira (16.09), que não tem conhecimento do descuido dos lotes citados no inquérito, e que ainda não foi notificado pelo MPE. Segundo ele, o imóvel é bem cuidado e não representa perigo à população próxima ao local.
“Só fiquei sabendo disso, por outros, não recebi nenhuma notificação. Pago o vizinho para cuidar do imóvel para mim, sempre está limpo. Isso são pessoas que querem comprar meus lotes, como não estão à venda, fazem esse tipo de coisas na intenção de desvalorizar o imóvel”, explicou Sabatini.
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