O secretário de Saúde de Várzea Grande, Cassius Clay, em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (09.12), afirmou que foi surpreendido com o Relatório de vistoria do Conselho Regional de Medicina (CRM-MT), no Pronto-Socorro e assegurou que os medicamentos vencidos encontrados na unidade foram “plantados” para incriminar a atual gestão.
Cassius Clay disse que não foi notificado e nem teve acesso ao conteúdo do CRM, informando as 41 irregularidades detectadas na vistoria na unidade. O gestor apontou que o Pronto-Socorro é uma unidade antiga, e que vem tomando todas as providências para deixar o local nas melhores condições possíveis para receber os pacientes do município e de cidades vizinhas.
Sobre o medicamento vencido, o secretário disse que está indignado e garantiu que o remédio encontrado pelo Conselho não faz parte da relação de medicamentos do Pronto-Socorro.
“Pela mídia e por whatsapp eu recebi uma foto de duas ampolas de medicamento chamado Seloken. Se for esse que supostamente foi arrolado no relatório do CRM, ele não pertence ao rol de medicamento do Pronto-Socorro. Muito provavelmente isso foi plantação”, disse Clay ao informar que a Secretaria de Saúde irá apurar a responsabilidade pelo medicamento deixado na unidade.
Referente ao número de médicos que atendem na unidade, Cassius Clay declarou que os 146 que atuam hoje no local são suficientes para atender os pacientes do município, mas fez questão de destacar que a grande demanda de pacientes, principalmente oriundos de cidades circunvizinhas de Várzea Grande, não possibilita que todos sejam atendidos a contento.
“A demanda é excessivamente grande. Aproveito para pedir que o governador Pedro Taques que nos dê uma ajuda. O município precisa de ajuda do Estado porque não está tratando somente de pacientes da cidade, mas também de outros municípios”, declarou a solicitar ajuda financeira para abrir a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Ipase que ajudará a desafogar o Pronto-Socorro.
Na questão de armazenamento de medicamento, Cassius apontou que os remédios estão sendo armazenados de acordo com o que determina a indústria farmacêutica. “Se eu deixo os medicamentos armazenados em desacordo com que determina a indústria farmacêutica, eu perco esse remédio. Isso não ocorre na nossa gestão”, garantiu.
O secretário apontou ainda que hoje o Pronto-Socorro não se encontra superlotado, e explicou que alguns pacientes estão em macas nos corredores da unidade devido à reforma que vem sendo realizada no local.
Sobre equipamentos, o gestor relatou que a atual administração adquiriu vários equipamentos para serem usados na unidade, entre eles 11 ventiladores mecânicos e arco cirúrgico.
No final da entrevista coletiva o diretor-geral do Pronto-Socorro, Ney Provenzano, lançou um desafio ao presidente do CRM, o médico Gabriel Fesky dos Anjos.
“Eu desafio o presidente do CRM provar ou mostrar para a sociedade que a nossa gestão está pior que a gestão passada. Nós melhoramos em todos os setores, inclusive com reconhecimento dos médicos. Quando falamos nesse medicamento vencido lá, os médicos ficaram revoltados porque eles têm o maior cuidado. Eles são profissionais altamente competentes. Então a gente não aceita. Eu tenho o entendimento que isso é questão política. Alguém querendo tumultuar a gestão. Porque graças a Deus estamos conseguindo implantar o que a prefeita e o secretário Cassius pediram para nós implantarmos, que é humanizar e não deixar que nenhum cidadão fique sem atendimento”.
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