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Cidades Quarta-feira, 11 de Novembro de 2015, 13:07 - A | A

Quarta-feira, 11 de Novembro de 2015, 13h:07 - A | A

Pontes e Lacerda

Garimpeiros expulsos bloqueiam BR-174 contra desocupação do garimpo

Atividade ilegal foi alvo de desocupação por parte de forças policiais

G1.com

Um grupo de garimpeiros mantém na manhã desta quarta-feira (11) o bloqueio da BR-174, região da cidade de Pontes e Lacerda, a 483 km de Cuiabá. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), desde o final da tarde de terça-feira (10) aproximadamente 200 garimpeiros trancaram o km 289 da BR-174 para reivindicar a legalização do garimpo da Serra da Borda, alvo de desocupação da Polícia Federal.

A área de garimpo ilegal começou a ser desocupada na terça-feira por homens das polícias Federal (PF), Militar (PM), Civil e Rodoviária Federal (PRF). A operação, que conta com até 150 policiais, foi determinada pela Justiça Federal diante da ilegalidade da exploração de ouro no local.

“Queremos a liberação do garimpo onde estávamos trabalhando honestamente. Nos expulsaram que nem se expulsa cachorro. Não vamos sair enquanto não resolver o problema”, declarou o garimpeiro Roberto Nunes, representante da categoria.

A PRF calcula entre 150 a 200 manifestantes na rodovia. Já os garimpeiros alegam que são mais de 10 mil pessoas, entre garimpeiros, empresários e caminhoneiros, além de outras pessoas que defendem a permanência do garimpo.

Os policiais rodoviários monitoram o protesto e aguardam uma ordem da superintendência para retirar os garimpeiros do local. A princípio, apenas ambulâncias são autorizadas a passarem pelo bloqueio.

O caso

O garimpo na Serra da Borda começou a ser explorado há pouco mais de dois meses e, nesse período, chegou a ter pico de cinco mil pessoas na área, entre garimpeiros profissionais e ocasionais, tentando retirar o ouro.

O caso foi levado ao conhecimento da Justiça pelo Ministério Público Federal (MPF) e, no dia 16 de outubro, o juiz Francisco Antônio de Moura Júnior, substituto da subseção da Justiça Federal em Cáceres, a 220 km da capital), decretou o fechamento do garimpo, com a retirada de todos os trabalhadores do local e apreensão de todo o minério extraído ilegalmente.
Os garimpeiros pedem para que a extração seja legalizada e, atualmente, tem recolhido assinaturas para criar uma espécie de associação.

Desocupação

A operação na serra estava programa para quarta-feira, mas foi adiantada após sobrevoos feitos na área apontarem a permanência de cerca de 80 garimpeiros no local. Segundo a polícia, eles não ofereceram residência quando as forças policiais iniciaram a ocupação da Serra da Borda e saíram levando ferramentas e objetos pessoais, mas deixando no garimpo qualquer ouro que tivessem  encontrado.

Todas as galerias abertas pelos garimpeiros deverão ser periciadas para garantir que ninguém tenha permanecido escondido no local e, já na quinta-feira (12), uma empresa contratada dará início a implosão das galerias, túneis e buracos abertos durante o período de exploração ilegal. As forças policiais devem permanecer na região para impedir novas invasões.

O processo de desocupação ocorre uma semana depois de a PF deflagrar uma operação para desarticulação de uma quadrilha que, segundo a polícia, comandava o garimpo e extorquia garimpeiros, comerciantes e até prostitutas que também estavam na área.

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