A Câmara Municipal de Várzea Grande aprovou na sessão ordinária desta quarta-feira (22.05), requerimento de autoria do presidente da Casa, vereador Fábio José Tardin – popular Fabinho (DEM), que cobra uma definição sobre as obras paralisadas do Veículo Leve Sobre Trilhos–VLT de Cuiabá e Várzea Grande.
O pedido foi destinado ao governador Mauro Mendes (DEM) por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) e Secretaria de Estado de Planejamento (Seplag), bem como ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional – pasta que integrou o Ministério das Cidades.
“As obras do VLT tornaram a região central de Várzea Grande um verdadeiro cemitério do comércio e vidas que foram ceifadas na avenida de FEB. De uma forma ou de outra, precisamos encontrar uma solução. A obra inacabada traz grande prejuízo à população várzea-grandense, pois foram aplicados recursos públicos e o cidadão não tem o benefício. Não podemos ficar esperando mais quatro ou cinco anos para resolver”, cobrou Fabinho.
Tardin questiona se existe algum estudo de viabilidade econômica que demonstre a possibilidade de retomada das obras e quais tratativas foram tomadas em relação ao Judiciário. Diante de uma possibilidade do Estado abandonar o projeto, ele ainda indaga se existe um plano de ação para reaproveitamento ou para retirada total das obras já executadas.
VLT - Iniciadas em maio de 2012, com orçamento de R$ 1,477 bilhão para entrega na Copa do Mundo 2014, as obras encontram-se inacabadas e judicializadas desde 2015. No período foram desembolsados quase R$ 1,1 bilhão dos cofres públicos. Atualmente, o Estado tem saldo de R$ 193,4 milhões destinados ao VLT remanescente do financiamento original. O projeto executivo encontra-se 100% entregue e encontra-se concluído em 80%.
Judicialização – Em agosto de 2017, após delação do ex-governador Silval Barbosa foi deflagrada pelo Ministério Público Federal e Polícia Federal a “Operação Descarrilho”, que investiga suposto pagamento de propina para implantação do VLT. Desde então, o contrato entre o Governo do Estado e Consórcio VLT foi suspenso. Ainda por decisão da desembargadora Helena Maria Bezerra Ramos, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), o Estado foi proibido de tomar qualquer medida baseada no termo de rescisão do contrato e de lançamento de novo edital.
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