O comandante do 2º Batalhão do Corpo de Bombeiro de Várzea Grande, Major Mário Henrique Faro afirmou ao oticias No Ar nesta terça-feira (27.08) que os recursos do fundo da Amazônia Legal são bem vindos, e acima de tudo, importantíssimos para a atividade fim da corporação.
De acordo com o Major, Mato Grosso é pioneiro, pois a primeira base de incêndios florestais da Amazônia Legal funciona no município de Sorriso (a 399 km de Cuiabá).
“Nossa estrutura de dois aviões de combate a incêndio, vários auto bombas tanques florestais e caminhonetes foram adquiridos com o fundo da Amazônia, então é importantíssimo que esse recurso chegue para essa atividade fim”, disse.
O comandante explica que nessa época do ano é cultural pegar fogo no Estado, então é desenvolvido um planejamento anterior através do Batalhão de Emergências Ambientais. Onde são verificados quais os municípios que devem receber uma base temporária nessa época do ano.
“Sem esses recursos não dá para fazer essa capilarização dos bombeiros. Então esses recursos são bem vindos sim”, reforçou Faro.
O major ainda falou do trabalho de combate a incêndios nos perímetros urbanos. Para ele, é cultural o mato-grossense esperar essa época de seca para juntar as folhas secas e colocar fogo para fazer a limpeza. E é crime. “Não é mais razoável fazer isso em razão do meio ambiente e em razão da saúde da população, as fumaças causam problemas respiratórios que acometem principalmente idosos e crianças”.
No entanto, ele opinou que chega a ser um problema de saúde pública, pois nessa época, lotam os Prontos-Socorros e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), e as vezes esses locais nem tem estrutura para receber tanta gente nessa época.
“Colocar fogo em terreno baldio ou em quintal, em qualquer época do ano é crime, se o Corpo de Bombeiro receber uma denúncia e a Polícia Militar ir até o local e constatar a pessoa pode ser autuada e conduzida em flagrante até a Delegacia de Polícia”, frisou.
De acordo com Faro, nessa época é normal acontecer de ter foco de incêndio em até cinco lugares ao mesmo tempo, então quem recebe o chamado geralmente liga para saber o local, se tem residência próxima, aí o lugar de maior risco e maior volume de fogo recebe o primeiro atendimento.
Para finalizar, o major pediu a compreensão da população e dos presidentes de bairros, pois nessa época os chamados são frequentes e simultâneos.
“Vamos multiplicar as informações que não se pode colocar fogo durante todo o ano, mesmo que seja para limpar o quintal”.
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