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Cidades Quinta-feira, 01 de Dezembro de 2022, 14:40 - A | A

Quinta-feira, 01 de Dezembro de 2022, 14h:40 - A | A

Arrependido

Delegado pede desculpas por excessos e diz esperar perdão de criança que presenciou truculência

Delegado assumiu toda responsabilidade e disse que toda sua ação foi mediante a “violenta emoção” pelo fato do seu enteado ter sido vítima ameaças

Lucione Nazareth/VGN

O delegado Bruno Ferreira França, em carta aberta divulgada nesta quinta-feira (1º.12), assumiu toda a responsabilidade pela invasão a uma residência no condomínio Florais dos Lagos, em Cuiabá, e disse que toda sua ação foi mediante a “violenta emoção” pelo fato do seu enteado ter sido vítima de ameaças por parte de Fabíola Cássia Garcia Nunes. ele foi afastado do cargo na tarde desta quinta, por determinação da Corregedoria Geral da Polícia Civil de Mato Grosso.

Bruno França aparece em gravação de vídeo invadindo e ameaçando dar um tiro na cabeça de Fabíola Cássia Garcia Nunes, 41 anos, e sua família. O fato ocorreu na noite da última segunda-feira (28.11).

Na carta, o delegado relata que o seu enteado, adolescente de 13 anos, há meses vem sendo perseguido, humilhado e aterrorizado por parte de Fabíola de “maneira injustificada, motivo este que levou o Poder Judiciário a deferir pedido de medida protetiva”. Segundo ele, na última segunda (28) a mulher se deslocou até a quadra poliesportiva em que se encontrava a vítima e iniciou os ataques, recorrentes e injustificáveis, contra o adolescente que, após se refugiar na casa de um amigo, pediu socorro ao padrasto [no caso Bruno].

O servidor contou que ao chegar no local e saber dos ataques, entendeu que se tratava de situação “flagrancial”, motivo pelo qual solicitou apoio policial, sendo atendido pelos policiais da Gerência de Operações Especiais (GOE).

“Desde já gostaria de deixar claro que a decisão de realizar a prisão é de responsabilidade única e exclusiva minha, tendo os colegas da GOE inclusive tentado me acalmar nos momentos de maior emoção. Não possuem qualquer responsabilidade, apenas parceria e lealdade para atender o chamado de um policial em necessidade”, diz trecho da carta do servidor.

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O delegado relatou que ao chegar na residência de Fabíola, ele bateu na porta, mas por ninguém responder decidiu entrar no local por conta da “situação flagrancial”. No imóvel, ele nega que tenha apontado sua arma para as pessoas que se encontravam no local, e que todo momento ela [arma] estava apontado para baixo [conforme está previsto no procedimento policial].

Porém, Bruno reconhece que houve excesso de sua parte, mas que eles foram cometidos mediante “violenta emoção”. “Todavia é necessário que eu reconheça, publicamente e de forma humilde, que me excedi na verbalização dirigida à conduzida no momento da abordagem. Isso foi um erro pelo qual peço, a todos, as mais sinceras desculpas. Tal excesso, em que pese ser injustificável, é alicerçado por certa compreensividade, considerando que me encontrava em situação em que meu enteado estava sendo vitimado e, minutos antes, havia se dirigido a mim em estado de terror”, sic carta.

Em outro trecho, ele pede desculpas pelo susto causado à criança que estava na residência, e que a “ideia do medo que causou à menina é, de longe, aquilo que mais tem o machucado”. “A Polícia Civil existe para proteger as pessoas e não para assustá-las, motivo pelo qual espero que um dia essa criança possa me perdoar. Gostaria de enfatizar que, em que pese a violenta emoção que me encontrava no momento, não houve contato físico com nenhuma das pessoas da residência”, sic documento.

Ao final, o delegado pede desculpas pelas ofensas proferidas, o qual classificou como “ato injustificável”, cometido contra o advogado Rodrigo Pouso na delegacia.

“Estou profundamente arrependido por ter me extrapolado na verbalização realizada dentro do domicílio da conduzida. Quanto à decisão de enfrentar a agressora e realizar sua captura, tal conduta não possui qualquer ilicitude e não goza de arrependimento de minha parte. Desde a noite de 28/11/2022 venho sendo atacado na imprensa de forma injusta e não verdadeira pela conduzida. Todavia, desde a noite de 28/11/2022 meu enteado está, finalmente, protegido e seguro. A todos, de coração, minhas mais sinceras desculpas”, finalizou.

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