A juíza Selma Rosane Santos Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, intimou a defesa do ex-assessor de José Riva na Assembleia Legislativa (AL/MT), Geraldo Lauro, e de outros seis réus para apresentarem alegações finais relacionada a ação penal que eles respondem por desviar R$ 4,2 milhões do legislativo estadual.
De acordo com os autos, a ação é derivada da operação Arca de Noé. No processo, Geraldo Riva, Guilherme da Costa Garcia, Varney Figueiredo Lima, Geraldo Lauro, José Quirino Pereira, Joel Quirino Pereira, Nilson Roberto Teixeira e Nivaldo Araújo (já falecido) são réus por suspostamente participarem de um esquema de desvios na AL/MT por meio de uma empresa de fachada, a Prospecto Publicidade.
Segundo os autos, foram feitos 87 pagamentos irregulares com cheques da Assembleia, entre junho de 2000 e novembro de 2002. O valor atualizado da causa chegaria a quase R$ 11 milhões.
Além da agência de publicidade ser de fachada, foram feitas carteiras de identidades falsas a supostos proprietários.
O esquema teria sido comandado pelo ex-deputado José Riva que chegou a ser condenado por a mais de 22 anos de prisão pelos desvios. Além dele, o Ministério Público apontou como participantes no esquema o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, o ex-deputado e ex-conselheiro do TCE, Humberto Bosaipo. Eles foram denunciados pela prática de crimes de peculato e lavagem de dinheiro.
Conforme os autos, foi comprovado que os cheques emitidos pela empresa fantasma a mando do acusado José Geraldo Riva eram remetidos à factoring e, lá, eram trocados por dinheiro ou por cheques da própria factoring. Posteriormente os valores eram encaminhados às pessoas credoras de Riva.
Em despacho realizado no último dia 23 deste mês, a juíza Selma Arruda determinou a intimação da defesa dos réus para apresentação de alegações finais.
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