A Prefeitura de Cuiabá está ampliando o número de Cuidadoras de Alunos com Deficiência (CADs) para atender a crescente demanda nas escolas municipais. A informação foi repassada pelo secretário de Educação de Cuiabá, Amauri Monge Fernandes, nesta quinta-feira (05.06), em entrevista na Câmara Municipal.
Segundo ele, historicamente a rede municipal contava com cerca de 1.200 cuidadoras, mas esse número já não é suficiente diante do aumento expressivo nos diagnósticos de neurodivergências, como o autismo. “Hoje, já são mais de 2 mil crianças que precisam ou já apresentaram laudo médico”, explicou.
Atualmente, quase 1.800 crianças já são atendidas com cuidadoras exclusivas. A Prefeitura realizou um aditivo contratual para ampliar esse atendimento, devendo alcançar 2 mil cuidadoras ainda neste mês. Amauri destacou que, se necessário, o prefeito Abilio Brunini (PL) já autorizou novas contratações para garantir que todas as crianças sejam atendidas.
“O processo burocrático de contratação leva tempo, mas estamos acelerando ao máximo. Hoje, a contratação foi feita de forma emergencial com uma empresa terceirizada, mas já estamos pensando na solução para o próximo ano”, disse.
De acordo com o secretário, uma das possibilidades é que, a partir de 2026, as cuidadoras sejam contratadas diretamente pela Prefeitura, por meio de processo seletivo, como já ocorre no Estado. “Se fizermos assim, vamos gastar menos e as cuidadoras poderão ter uma remuneração melhor”, ressaltou.
Nova empresa
Neste ano, a Prefeitura decidiu não renovar o contrato com a antiga prestadora, a empresa Conviva, cujo vínculo encerrou no dia 2 de fevereiro — um dia antes do início das aulas. No lugar, a empresa Costa Oeste assumiu o serviço, através de uma adesão à ata de licitação da cidade de Sinop, que trata do mesmo tipo de atendimento.
Com experiência em diversos estados e mais de 10 mil funcionários especializados, a Costa Oeste foi escolhida pela Prefeitura por oferecer redução de custos. Segundo o prefeito Abilio Brunini, a nova contratação representa uma economia de aproximadamente 20% no valor pago por cada cuidadora, o que vai gerar uma redução de cerca de R$ 5 milhões por ano para os cofres públicos.
A ampliação do número de cuidadoras busca garantir o direito das crianças com deficiência ao atendimento adequado nas escolas e creches municipais.
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