A farmacêutica Letícia Palu, que atuava na Penitenciária Central do Estado (PCE), no bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá, ingressou com recurso de apelação para tentar anular a sentença que decretou a perda do cargo público junto ao governo do Estado por envolvimento em crime de corrupção.
De acordo com os autos, no dia 26 de dezembro de 2016 a então servidora seguia para o raio 4 da PCE onde entregaria remédios aos detentos. No dia em questão, ela apresentou muito nervosismo, e por isso foi revistada por agentes penitenciários, sendo encontrados com ela três carregadores e dois aparelhos J5 no fundo de uma caixa, entre os medicamentos.
Letícia Palu admitiu o crime e alegou que entregaria aos celulares e os carregadores ao detento Aldemir de Assis Campos, preso na unidade por vários crimes, entre eles, roubo e homicídio, e o qual faria parte da organização criminosa Comando Vermelho.
Após o flagra, agentes revistaram a farmácia da enfermaria da unidade prisional sendo localizados mais dois carregadores. A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), realizou na época revista no apartamento da servidora, no bairro Jardim Santa Marta, na avenida Miguel Sutil, onde foram encontrados mais quatro celulares e um conector de carregador.
Em agosto deste ano, Letícia Palu foi condenada 06 anos, dois meses e 20 dias de reclusão e 53 dias-multa, pelos crimes de corrupção passiva, em regime semiaberto.
No entanto, a pena de detenção foi substituída pela prestação de serviço à comunidade, efetuando serviços gerais em entidade a ser indicada pelo juízo das execuções, gratuitamente, conforme suas aptidões, à razão de uma hora de tarefa por dia de condenação, durante oito horas por semana, de modo a não prejudicar a sua jornada normal de trabalho.
Além disso, foi determinado a perda da função pública de Letícia Palu junto ao sistema prisional de Mato Grosso.
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