O delegado titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Flavio Stringueta, defende o posicionamento do delegado-geral da Polícia Judiciaria Civil de Mato Grosso, Mário Dermeval Aravechia, sobre o fechamento de 16 delegacias no interior do Estado.
Em um grupo de WhatsApp, Stringueta foi firme em seu posicionamento de que as delegacias devem ser fechadas e ainda, criticou o posicionamento do ex-colega, deputado estadual “Delegado Claudinei (PSL) ”, que diz ser contra o fechamento das unidades.
Cauteloso em se posicionar, pois sempre suas declarações geram polêmicas, Stringueta disse que o deputado não pensa mais como delegado, e sim, se posiciona pensando em suas bases eleitorais.
“Concordo plenamente com o posicionamento no colega Christian. Muito combativo e esclarecido, muitas vezes polêmico (como eu), porém sempre técnico e defensor da nossa polícia, ao contrário de muitos (Infelizmente muitos mesmo) que pensam primeiro nos próprios umbigos e nas proximidades deles (umbigos). O Claudinei, hoje deputado, não está mais pensando como delegado. Está pensando em suas bases eleitorais. Quando o interesse político entra, os interesses coletivos não deveriam sair. Mas parece que saem” declara.
Stringueta enfatiza que política é essencial para a manutenção da sociedade, já a politicagem é prejudicial e cita que a PJC está há anos sendo dilapidada “Falar para suas bases sem conhecer, ou conhecendo e parcializando esse conhecimento, é politicagem. A nossa PJC vem sendo dilapidada há anos. Uma hora teria que "espanar a rosca". E essa hora chegou, pelo visto. Muitos anos de "desinvestimento" em nossa instituição provocou o inevitável fechamento de unidades policiais. Falar contrário a isso é mera e concreta politicagem, é querer aparecer bonito para o seu público, é inconsequência” afirma.
Ele diz apoiar integralmente a decisão do Conselho Superior de Polícia (CSP) em aprovar a suspensão provisória das atividades das delegacias, após, estudo técnico apontar que as unidades não apresentam atendimento eficiente, por estarem sendo mantidas dois a três policiais e gerando custo de R$ 840 mil com aluguéis de prédios, energia elétrica e viaturas locadas.
“Apoio integralmente a decisão do nosso CSP, que está se alicerçando em situações técnicas, não em interesses eletivos. Manter unidades abertas somente para dizer que elas existem é "tapar o sol com a peneira", é enganar a população daquela localidade, fazendo-a acreditar que está sendo assistida pelo Estado, quando na verdade está sendo enganada por ele” destaca.
Para Stringueta, o fechamento dessas unidades poderá provocar o reforço de outras que poderão atender melhor aquelas fechadas.
Stringueta aproveitou ainda, para responder ao deputado “Delegado Claudinei”, que teria afirmado que não foi eleito pela polícia: “Certa vez, aqui neste grupo, vi uma manifestação do colega, ou ex-colega, não sei ainda, Claudinei, dizendo que não foi eleito pela polícia, pois seus votos vieram de outra banda. Na ocasião, eu me segurei para não lhe responder o óbvio, mesmo sabendo que o óbvio também tem que ser dito. Hoje me sinto mais à vontade para te responder, nobre deputado Claudinei: seus votos foram produzidos sim, integralmente, cada um deles, pela polícia que o abrigou até dias atrás. Pois, caro ex-colega, você não seria nada, ninguém, neste estado se não tivesse sido um dia servidor vinculado à PJC/MT. Vi naquele seu comentário o típico "cuspir no prato que comeu", muito comum entre os políticos. Tente ser diferente disso, caso queira ser diferente dos politiqueiros que ocupam e dominam nossa política”declarou.
Vale destacar, que entre as delegacias que podem ser fechadas constam as de: Carlinda, Castanheira, União do Sul – região norte – e mais 13 nas cidades de Juciara, Novo Santo Antônio, Alto Paraguai, Nova Marilândia, Santo Afonso, Nova Lacerda, Bom Jesus do Araguaia, Ponte Branca, São José do Povo, Tesouro, Acorizal, Jangada e Nossa Senhora do Livramento.
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