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Política Sexta-feira, 16 de Junho de 2017, 09:41 - A | A

Sexta-feira, 16 de Junho de 2017, 09h:41 - A | A

Caiu a casa

Silval Barbosa confirma que Walace usou gráficas de VG para fazer caixa dois em 2012

Rojane Marta/VG Notícias

O ex-prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães (PMDB), usou as gráficas de Liz e Intergraf, ambas instaladas em Várzea Grande, para levantar dinheiro para seu caixa dois, nas campanhas de 2012 e pagar propina. A informação consta no depoimento do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que para deixar o Centro de Custodia de Cuiabá, local onde estava preso desde setembro de 2015, confessou seus crimes à juíza da Sétima Vara Criminal, Selma Rosane Santos Arruda. Silval foi solto na última terça (13.06), após, além de confessar os crimes se comprometer em devolver mais de R$ 46 milhões ao erário.

A Gráfica de Liz pertence ao empresário Antônio Roni de Liz, e a Intergraf ao empresário Evandro Gustavo Pontes. Ambas empresas e proprietários foram denunciados pelo Ministério Público do Estado, em ação penal, por suposta participação no esquema criminoso de Silval Barbosa.

Segundo denúncia do Ministério Público, em 2012, na função de deputado estadual, Walace Guimarães, buscando angariar fundos para financiamento de sua campanha eleitoral ao cargo de prefeito de Várzea Grande, ofereceu à suposta organização de Silval o valor de R$ 2 milhões, solicitando em contrapartida que verbas públicas fossem destinadas às empresas De Liz e Intergraf Gráfica e Editora sob a forma de prestação fictícia de serviços gráficos.

A suposta negociação fraudulenta teria sido intermediada por Walace e com então secretário de Administração do Estado, Cesar Zílio. Conforme o MP, Zílio, com autorização de Silval Barbosa, determinou a adesão de ata de registro para contratação das duas empresas de Várzea Grande, sem qualquer critério, apenas como objetivo de cumprir com “compromisso político com Walace”, que é do PMDB, partido do ex-governador.

Após adesão do contrato, ocorrido em outubro de 2012, a Intergraf assinou contrato com o governo do Estado no valor de R$ 2.850.528,06 milhões, enquanto que a Gráfica de Liz ficou com contrato no valor de R$ 2.146564,30 milhões. O Ministério Público aponta que em ambos os contratos os materiais a serem adquiridos eram acima da necessidade do Estado.

A denúncia do MPE foi confirmada por Silval Barbosa, conforme consta no depoimento anexado aos autos.

“Confessou, ainda, que no ano de 2012 combinou com CÉSAR ZILIO recebimentos de propinas de empresas do ramo gráfico representadas por WALLACE GUIMARÃES, tendo acertado na ocasião que WALLACE iria efetuar apenas parte dos serviços contratados e, em contrapartida, repassaria propina a CÉSAR ZILIO e utilizaria parte desses recursos na campanha eleitoral para Prefeitura de Várzea Grande em 2012” diz trecho extraído dos autos.

Mais crimes virão à tona - Silval Barbosa prestará novo depoimento à Justiça em 24 de julho, às 13h30min. A expectativa é que o ex-governador termine de confessar seus crimes, o que poderá comprometer muito político do Estado, além de empresários que se submeteram a participar do esquema criminoso.

Alegações finais - Vale lembrar, que a promotora de Justiça, Ana Cristina Bardusco, em suas alegações finais na ação penal, pediu a condenação do ex-prefeito e dos empresários pelo cometimento do suposto crime de corrupção ativa.

“Inegável, portanto, que tais considerações solidificam as declarações apresentadas pelo colaborador Cesar Zílio e a imputação lançada na inicial, da oferta e pagamento de vantagem indevida à Organização Criminosa e, portanto, evidencia a prática de delito de corrupção ativa por Walace Santos Guimarães, Antônio Roni de Liz e Evandro Gustavo Pontes da Silva, para a realização de pagamentos pelo erário às empresas Editora de Liz e EGP da Silva (Intergraf) sem a efetiva contraprestação de serviço, com o propósito de constituir caixa para a campanha eleitoral para a Prefeitura de Várzea Grande, do ano de 2012, pugnando-se pela sua condenação” cita.

O pedido de condenação de Walace, e dos empresários Roni e Evandro, como também o bloqueio de seus bens (valor não especificado), serão analisados pela juíza Selma Rosane Santos Arruda, que irá decidir se acata os argumentos do órgão Ministerial, ou não.

Caso seja aceito, o ex-prefeito e os empresários podem pegar pena de 2 a 12 anos de prisão e mais multa.

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